17/09/2013 11h14 - Atualizado em 18/09/2013 17h42

Editora da revista para adultos 'Penthouse' pede concordata

FriendFinder Networks entrou com pedido de concordata nesta terça (17).
Holding não registra lucro há alguns anos.

Da Reuters

A FriendFinder Networks, que publica a revista para adultos "Penthouse", entrou com pedido de concordata nesta terça-feira (17) com o objetivo de cortar sua dívida à medida que enfrenta dificuldades para realizar certos pagamentos de empréstimos, conforme mostra documento apresentado à corte.

A holding, que também hospeda sites como o adultfriendfinder.com, listou passivos estimados entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão e ativos de menos de US$ 10 milhões, de acordo com o documento.

Conforme dados da Thomson Reuters, a FriendFinder não registra lucro líquido desde ao menos 2008. A receita total para os quatro trimestres fiscais consecutivos encerrados em 30 de junho de 2013 era de US$ 293,70 milhões, segundo o documento.

A FriendFinder disse que chegou a um acordo com certos detentores de suas dívidas mais antigas para reestruturar seu balanço e que iniciou os procedimentos de concordata para implementar seu plano de recapitalização.

Em 2010 a empresa fez uma oferta para comprar a rival Playboy Enterprises por US$ 210 milhões. O acordo caiu mais tarde.

Lei de falências nos EUA
O Capítulo 11 da lei de falências americana (Bankrutpcty Code) permite a uma empresa com dificuldades financeiras continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com seus credores.

Para tanto, a empresa precisa entrar com uma petição junto a uma corte do país. A discussão sobre o termo se dá porque esse documento é chamado "bankrutpcy petition". A legislação americana define "bankruptcy" como "procedimento legal para lidar com problemas de dívidas de indivíduos e empresas". Sua tradução para o português, no entanto, é "bancarrota" – termo que equivale à falência da empresa. Ao arquivar a petição, no entanto, a empresa entra em um processo que se assemelha mais, no Brasil, à recuperação judicial (veja abaixo como funciona a lei brasileira).

A proteção do Capítulo 11 pode ser requerida seja pela empresa em dificuldades, seja por um de seus credores. Este procedimento significa uma vontade de reestruturação da companhia, sob o controle de um tribunal.

O Capítulo 11 permite ao devedor manter todos seus ativos, se opor às demandas de seus credores, adiar os prazos de seus pagamentos e até reduzir unilateralmente sua dívida. Em contrapartida, obriga a empresa que se coloca sob sua proteção a dar ao juiz das falências informações detalhadas sobre o andamento das transações sobre seus credores.

A companhia que solicita esta proteção também deve preparar sua demanda da forma mais detalhada possível para informar devidamente o juiz e seus credores de sua real situação financeira.

Se as transações transcorrem bem, a empresa consegue do juiz e dos credores um plano de reorganização dentro de um prazo de até vários meses. Trata-se de um contrato que estipula a forma como a companhia vai pagar suas dívidas e de onde virá o dinheiro que servirá para este fim.

tópicos:
Shopping
    busca de produtoscompare preços de