O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mudou de rumo e passou a subir nesta quarta-feira (18) após o Federal Reserve, banco central norte-americano, afirmar que manterá os estímulos à economia do país.
Às 15h35, o Ibovespa tinha variação positiva de 1,11%, a 54.871 pontos. Veja cotação
Citando apertos na economia provenientes da política fiscal apertada e taxas de juros de hipotecas mais altas, o Fed decidiu contra a redução das compras de ativos que investidores haviam precificado nos mercados acionários e de títulos.
"A decisão foi assertiva e o Fed deu sinais mais claros de que agora ainda não haverá corte. Se houvesse, seria o caos, porque alguns países ainda estão em fase de recuperação, e a Bovespa teria uma reação de venda em massa", afirmou o analista Leandro Silvestrini, da Intrader, à Reuters, acrescentando que, depois da divulgação do comunicado do Fed, o Ibovespa futuro subiu quase mil pontos em dez minutos.
A decisão da autoridade monetária dos EUA surpreendeu os mercados, que esperavam uma redução modesta no programa de estímulos econômicos, responsável por alimentar o fôlego de investidores por ativos considerados mais arriscados, como ações de países emergentes.
"Era esse o temor, e o temor se confirmou: o Fed está se sentindo muito inseguro para fazer essa redução e deve ser mais acomodativo", disse o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos, à Reuters.
Na terça-feira (17), o principal índice da Bovespa encerrou em alta, puxado pelas ações da petroleira OGX e por papéis de construtoras.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, teve variação positiva de 0,84%, a terceira alta seguida, e fechou a 54.271 pontos. Foi a maior pontuação de fechamento desde 29 de maio.