O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quarta-feira (25) que a decisão Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos) de prosseguir com estímulos na economia norte-americana não alterar a política cambial no Brasil.
"Não mudou muito a situação. Temos um programa que está funcionando muito bem", afirmou Tombini, durante seminário em Nova York sobre oportunidades de investimentos no Brasil, promovido pelo banco norte-americano Goldman Sachs.
Segundo o presidente do BC, o lançamento do programa de leilões diários no mercado de câmbio brasileiro conseguiu reduzir a volatilidade e eliminar riscos e, desde, então a moeda norte-americana já recuou cerca de 10% ante o real.
O programa de atuações diárias do BC, com potencial de até US$ 60 bilhões até o final de 2013, foi anunciado em 22 de agosto, logo após o dólar atingir o patamar de R$ 2,45.
Durante o seminário, Tombini foi questionado sobre investidores sobre o teto ideal para o dólar. Ele reafirmou, no entanto, que o Brasil adota o sistema de câmbio flutuante e que, portanto, não há um teto estabelecido.
O presidente do BC resslatou, porém, que a autoridade monetário continuará a agir no sentido de dar conforto aos mercados e continuará acumulando reservas internacionais se as condições permitirem.
Perto das 13h40 (horário de Brasília), a moeda norte-americana avançava 1,02%, para R$ 2,224 na venda. Veja cotação
Em sua fala, Tombini apresentou números que, segundo ele, apontam para uma recuperação gradativa da economia brasileira e para um cenário favorável para investimentos.
Segundo ele, a inflação está se retraindo no país e o BC "está comprometido a certificar que isso continue". "Não se vê uma grande melhora, mas se vê uma melhora. Estamos à caminho de uma inflação mais baixa", disse.