SÃO PAULO - Em protesto às recentes e polêmicas declarações do ex-jogador Ronaldo sobre a Copa do Mundo, jovens de movimentos sociais fizeram um "escracho" diante do escritório do Fenômeno, nesta quinta-feira em São Paulo.
Com bateria, faixas e sprays de tinta, 25 jovens gritavam palavras de ordem como “Cala a boca, Ronaldo”, “Ronaldo, preste atenção. O povo não quer estádio. Quer saúde e educação”. Eles representavam os movimentos Juntos! e Rua - Juventude Anticapietalista.
Durante o “escracho”, que durou cerca de meia hora e foi pacífico, funcionários do ex-jogador saíram de seus postos de trabalho, curiosos, e acompanharam do quintal da empresa.
O ato terminou quando seguranças impediram que cartazes fossem colados no portão. E ameaçaram chamar a polícia. O Fenômeno não foi visto no local.
No chão, em frente ao escritório, eles também escreveram frases de protesto.
Um vídeo de 1º de dezembro de 2011 em que Ronaldo afirma que “Copa do Mundo não se faz com hospital, mas com estádios” voltou à tona e teve grande repercussão.
O ex-jogador defendeu as manifestações que os brasileiros têm feito pelas ruas contra a corrupção, durante sabatina do jornal “Folha de S. Paulo”. Mas fez uma observação sobre o vandalismo:
— Os protestos são sempre válidos. Os protestantes que vão às ruas exigir as coisas que a população tem direito. Mas no momento que tem vândalos mascarados, a polícia tem que conter. Sobre os vândalos, acho que tem que baixar o cacete neles, tirar da rua —, disse Ronaldo, durante a sabatina.