02/03/2014 04h12 - Atualizado em 02/03/2014 04h53

Bateria do Império da Zona Norte inova com coreografia no Porto Seco

Desfile teve pelo menos quatro momentos de dança na avenida.
Leões da Zona Norte conseguiram cumprir o tempo determinado.

Do G1 RS

Detentor do estandarte de ouro de melhor bateria em 2013, o Império da Zona Norte mais uma vez inovou em seu desfile no Porto Seco, em Porto Alegre. A penúltima escola a entrar na segunda noite de desfiles do Grupo Especial aplicou coreografias diferentes na bateria por pelo menos quatro vezes na passarela do Samba.

(O G1 RS transmite os desfiles do Grupo Especial de Porto Alegre na sexta e no sábado. Acompanhe.)

A novidade realizada pela bateria do diretor Júnior Aruanda pode, no entanto, ter provocado problemas de evolução para a escola (veja no vídeo ao lado). Em alguns momentos, a coreografia atrasou as outras alas e criou buracos na passarela. Ao final da apresentação, os grupos que ficaram por último choraram ao ver que a escola cumpriu o desfile no tempo permitido.

Os “Leões da Zona Norte” levaram para a avenida do Porto Seco a história de Taquari, uma das cidades que fazem parte da história do carnaval no Rio Grande do Sul. Para contar as tradições e costumes, o Império da Zona Norte teve como personagem principal do enredo o povo que ajudou a construir o município e o jornal Taquariense.

O desfile
Na comissão de frente, a história do povo de Taquari, através de verso e prosa do Jornal Taquariense, na praça da cidade, onde tudo acontece. A primeira alegoria foi puxada pela 1ª porta-estandarte, Marina Leite, de apenas 19 anos. A ala “Tá na capa do Jornal” veio em seguida, representando as principais notícias da época, entre elas a abolição da escravatura. O carro chefe, o abre-alas, fala sobre a Linotipia.

A bateria carrega o tema de Tibiquary, a antiga Taquari, e representa o Rio das Taquaras. Entre as alas, as principais são os Índios Patos, Ilha dos Açores, Açorianos, Cantiga de Roda, Assombração, Paixões, a Terra e o Futebol.

Entre as alegorias, a segunda também levava o nome de Tibiquary e fazia referência ao índio de braços abertos que batizou a cidade. O terceiro carro representava o Laranjal e as eternas rainhas que divulgavam os tradicionais doces e derivados da laranja, bem como o mel extraído por abelhas. Na quarta e última alegoria, a Olaria, quando surgiram os mais variados estilos arquitetônicos da cidade pelas mãos dos açorianos, artistas da construção. A cidade surgiu no entorno da lagoa, onde o sustento da agricultura teve notável avanço, como o trigo, arroz, mandioca, laranja, limão e milho.

Bateria do Império da Zona Norte inovou com coreografia no Porto Seco (Foto: Joel Vargas/PMPA)Bateria do Império da Zona Norte inovou com coreografia no Porto Seco (Foto: Joel Vargas/PMPA)

A escola
Desde o primeiro título, em 1982, o Império da Zona Norte traz a marca da inovação, garra e capacidade de se reinventar. Em 2008, graças a uma reciclagem na forma de pensar o desfile, quebrou um jejum de 26 anos sem títulos no Grupo Especial. A partir daí, está sempre entre as favoritas ao campeonato. Fundada em 20 de março de 1975, a escola que nasceu no bairro Sarandi, hoje tem sede no bairro Navegantes, a casa dos “leões da zona norte”.

 

 

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