Economia

Senadores dos EUA podem chegar a acordo fiscal nesta terça-feira

Líderes democratas e republicanos saíram de reunião otimistas com acordo que pode, ao mesmo tempo, encerrar ‘apagão’ de serviços e evitar calote

WASHINGTON - Senadores democratas e republicanos podem estar próximos de um acordo para aumentar o teto da dívida americana antes do dia 17 de outubro, data em que o governo ficará sem dinheiro para pagar a seus credores. O impasse sobre o orçamento também estaria próximo de ser resolvido, encerrando o 'apagão' nos serviços públicos federais, que paralisa o governo desde 1º de outubro.

Após rodadas de negociações nesta segunda-feira, o líder democrata no Senado, Harry Reid, disse que terça-feira pode ser um "dia brilhante". No mesmo tom otimista, o líder republicano, Mitch McConnell, afirmou que eles haviam tido um "bom dia". As declarações podem indicar que um consenso pode ser alcançado ainda nesta terça.

O resultado do entendimento que está se costurando deve ser um acordo provisório, segundo reportagens de jornais americanos. A proposta prevê que o teto da dívida seja estendido até 15 de fevereiro. Já o novo Orçamento - que encerraria a paralisação dos serviços - seria aprovado, com validade até 15 de janeiro.

Mais cedo, na tarde desta segunda-feira, o presidente Barack Obama adiou uma reunião que teria com senadores. Segundo comunicado da Casa Branca, que não revelou para quando o encontro foi adiado, a decisão foi tomada para que os políticos tivessem mais tempo para negociar.

Segundo reportagem do jornal “Washington Post”, a negociação incluiu pequenas mudanças na lei de assistência médica - a chamada Obamacare. Com isso, o programa de saúde exigiria garantias adicionais que comprovem que as pessoas que recebem subsídios do governo para contratar o plano de saúde são elegíveis ao benefício.

Caso seja votado e aprovado no Senado, o acordo ainda precisa ir para a Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados), onde os republicanos são maioria. Ainda não há informações se o acordo que está se moldando teria apoio nessa Casa.