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Após Forlán, Bota vê em Emerson o nome para recolocar a 7 na moda

Depois de tentativas frustradas com Maicosuel, Vitor Junior e Bruno Mendes, clube aposta em Sheik para ser referência que deixará número místico em evidência

Por Rio de Janeiro

Emerson Sheik apresentado no Botafogo (Foto: Satiro Sodre / SSPress)Emerson exibe a camisa que vai usar no Botafogo (Foto: Satiro Sodre / SSPress)

Numa das conversas com Emerson, a diretoria do Botafogo perguntou se a camisa 11 – utilizada em toda sua passagem pelo Corinthians – era algo do qual não abria mão. Afinal, existia a ideia de dar ele o número 7, considerado o mais importante do clube. O Sheik mostrou-se entusiasmado com a ideia e, no momento de acertar sua transferência, topou o desafio. Assim, o Alvinegro finalmente cumpriu uma meta que tinha para este ano: vestir com o manto de Garrincha alguém que pudesse aliar qualidade técnica ao carisma para cativar a torcida.

O primeiro da lista em 2014 foi Forlán. O uruguaio foi visto como um nome importante para vestir a 7. Além do potencial de tornar-se ídolo, faria novamente a camisa ficar em evidência. Mas o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010 optou por assinar contrato com o Cerezo Osaka, do Japão, o que frustrou o Botafogo. Mas a partir de então, o clube ficou atento ao mercado para um nome que pudesse reforçar o grupo com qualidade e tivesse as características para usar a camisa mística.

O último jogador a vestir a camisa 7 do Botafogo foi Bruno Mendes, que ganhou a honraria depois de marcar gols importantes no Brasileirão de 2012. No entanto, após viver má fase no ano passado, acabou por retornar ao número 38. Antes dele, o clube apostou em Vitor Junior, que também não correspondeu à expectativa de usar o manto que foi de Jairzinho, Maurício e Túlio Maravilha.

A tentativa de valorizar novamente a 7 também ocorreu em abril de 2011, quando o clube repatriou Maicosuel, um jogador identificado com o Botafogo. Mas a negociação com o Udinese, da Itália, pouco mais de um ano depois, deixou novamente o número sem uma referência junto à torcida.

Mesmo com contrato assinado somente até o fim deste ano, Emerson e a 7 deverão ser amplamente explorados pelo Botafogo. A expectativa é que as atuações do Sheik impulsionem as vendas da camisa, que voltará a ganhar lugar nobre nas vitrines das lojas oficiais.

- Quem conhece um pouco do futebol e da história do Botafogo sabe o que representa essa camisa 7. Ele representa o que é a 10 em outros clubes, pelos craques que aqui passaram. É uma honra receber essa camisa, e não sei se vou conseguir fazer o que eles fizeram com ela. Mas em todo o tempo em que eu estiver aqui não vai faltar respeito, dedicação e busca por títulos. A torcida pode esperar isso do Emerson - disse o Sheik em sua entrevista de apresentação.