O Palmeiras procurou os advogados do presidente do Criciúma,
Antenor Angeloni e avalista da contratação de Wesley em 2012, para fazer um
acordo e pagar a dívida de R$ 21 milhões. O montante foi calculado pelo valor da transferência
do Werder Bremen (Alemanha) ao Verdão e acrescido por juros e despesas.
Como perdeu na Justiça o direito de receber o dinheiro pelas
cotas de TV para ressarcir o dirigente do time catarinense, duas parcelas de
aproximadamente R$ 1,5 milhão cada foram depositadas em juízo. O
bloqueio dessa receita tem causado prejuízos à saúde financeira do Palmeiras.
Por isso, a diretoria propôs acordo para pagar tudo em 60 meses. Angeloni rejeitou e disse que aceita receber até o fim de 2015.
- O Palmeiras disse que queria um acordo porque está sendo
prejudicado. Dissemos que não tem problema. Eles fizeram uma proposta fora de
aceitação para pagar em 60 meses. Agradeci, mas disse que não. Vamos aguardar
uma segunda conversa. Já paguei tudo, não dá para receber assim. O máximo que
aceito é receber até o fim do ano que vem, pagando juros, para retirar a ação e
terminar tudo bem. Não quero prejudicar ninguém, só quero meu dinheiro.
Em meio a este problema, Palmeiras e Criciúma se enfrentam
neste domingo, às 18h30, no estádio Heriberto Hulse, em Santa Catarina.
Angeloni promete ir ao jogo e garante boa recepção a toda delegação alviverde,
mas adianta que não vai conversar com o presidente Paulo Nobre sobre o assunto.
- Haverá um camarote para eles. Não vai ter problema nenhum,
mas não acho o momento para conversar sobre isso. Não tenho contato com ninguém
e o ambiente ficaria constrangedor. Não pretendo falar disso. Ele mesmo não se
sentiria bem. Que vença o melhor, sem ressentimentos – completou o dirigente.
Angeloni, por fim, diz que aceitará com naturalidade caso
Wesley faça um eventual gol da vitória palmeirense sobre o Criciúma. O
dirigente, inclusive, diz que tinha pouco conhecimento sobre o volante à época
da contratação. E assim como os boleiros, ele joga o favoritismo da vitória para o Verdão.
O
GloboEsporte.com procurou o Palmeiras para dar a sua versão sobre o
assunto, mas como de praxe o clube disse que não comentará nada
publicamente.