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Jurídico analisa, e Botafogo pode tirar logo de patrocinadora do uniforme

Advogados do clube estudam possibilidade de retirar logomarca da TelexFree, que entrou em processo de falência nos EUA e cujos donos tiveram os bens bloqueados

Por Rio de Janeiro

camisa botafogo telexfree (Foto: Vitor Silva / SSPress)Botafogo apresenta a TelexFree: marca pode deixar o uniforme alvinegro (Foto: Vitor Silva / SSPress)

Incomodado com os recentes acontecimentos nos Estados Unidos, o Botafogo cogita retirar a logomarca da TelexFree de seu uniforme. O departamento jurídico alvinegro estuda o caso para que o clube possa executar a ação sem que haja danos. Recentemente, a empresa de telefonia entrou em processo de falência e os bens de seus donos foram bloqueados pela Justiça do país.

O Botafogo já recebeu todo o valor relativo ao patrocínio, que teve contrato assinado em janeiro e tinha validade de um ano. Por isso, a diretoria por enquanto não vê maiores problemas se decidir tirar a logomarca de seu uniforme. No entanto, somente depois do parecer de seu departamento jurídico, o conselho diretor do clube poderá tomar tal atitude.

Caso isso ocorra, o Botafogo passaria a ter dois novos espaços em sua camisa novamente abertos a negociações: peito e barra frontal. Já existem empresas interessadas, o que possibilitaria ao clube alcançar mais fontes de renda no momento em que vive dificuldades financeiras.

No momento em que a parceria foi anunciada oficialmente, dia 9 de janeiro, a TelexFree já tinha suas operações bloqueadas judicialmente no Brasil após ser denunciada pelo Ministério Público do Acre, em 2013, por suspeita de atuar sob esquema de pirâmide financeira. Em abril, foi a vez de a matriz da empresa anunciar que deu entrada no processo de proteção contra falência nos Estados Unidos. Nesta semana, a Divisão de Execução de Títulos Mobiliários de Massachussets decidiu bloquear os bens dos donos da companhia. A alegação é de que ela funcionou em "esquema ilegal de pirâmide'' com vítimas de todo o mundo. Agentes federais revistaram a sede da empresa em Marlborough, na última quarta-feira, e flagraram o diretor financeiro tentando fugir com um laptop e com US$ 38 milhões em cheques.