Os operários das obras do Parque Olímpico voltaram ao trabalho
em ritmo normal nesta quinta-feira. Após um dia tumultuado, com retomada e posterior interrupção
das atividades e trocas de acusações entre o Sindicato da Construção Civil
Leve (Sintraconst-Rio) e a concessionária Rio Mais, os trabalhadores
voltaram ao canteiro e chegaram a se reunir com representantes da concessionária. As negociações entre as partes seguem em andamento, e há uma previsão de uma nova reunião na próxima semana.
Segundo com o Coordenador
do Sindicato da Construção Leve (Sintraconst-Rio), Alfredo Laeber, os trabalhos
foram retomados integralmente, contrariando a informação divulgada pela Rio
Mais na véspera de que atividades teriam sido reiniciadas em “ritmo de
tartaruga”.
- O pessoal está trabalhando
normal. Ninguém está em ritmo de tartaruga, não sei da onde tiraram isso.
Já estava normal, só houve uma paralisação, e nesta quinta foi retomado normal de novo. Estamos acatando a decisão da juíza, esperando uma posição, porque nada foi
negociado ainda. Temos essa reunião de tarde, mas ninguém nos diz que horas nem
onde. Só sabemos que será de tarde. Vamos ver – disse, por telefone.
No início das reivindicações,
os trabalhadores pediam a mudança do sindicato da Construção
Leve pelo da Pesada, que os proporcionaria maiores benefícios. Após uma
semana de paralisação das atividades, uma audiência no Tribunal Regional do
Trabalho da 1ª Região (TRT-RJ), realizada na terça-feira, estabeleceu que a Rio
Mais anteciparia o reajuste do benefício de alimentação de setembro para março, de forma retroativa - caso os operários
voltassem ao trabalho em até 24h.
Nesta quarta, muitos
trabalhadores debocharam desta decisão, já que reivindicam a
ampliação do benefício para R$ 300. Eles ainda pedem que o plano de saúde seja
extensivo à família, horas extras 100%, programa de produtividade (único acerto
até então com a Rio Mais), graduação de capacitação e outros benefícios.