Satisfeito, mas com os pés no chão. Assim, Cristóvão Borges analisou a empolgante estreia do Fluminense no Brasileirão. Com a presença de mais de 35 mil torcedores, o Tricolor fez 3 a 0 no Figueirense, na noite deste sábado, no Maracanã. Comandado pelo quarteto ofensivo formado por Conca, Wágner, Sobis e Fred, o time dominou amplamente os catarinenses. A atuação segura, no entanto, foi avaliada com moderação pelo treinador.
Cristóvão misturou elogios com cobrança para que o Tricolor continue evoluindo. A vitória folgada sobre o Figueira foi a segunda em dois jogos da equipe sob seu comando. Na estreia, fez 5 a 0 no Horizonte.
- Não foi perfeita, mas foi muito boa a atuação. Tem muito a melhorar, claro. A equipe tem potencial para isso. Sendo assim, podemos crescer. Vamos continuar trabalhando para evoluir.
Cristóvão repetiu neste sábado os mesmos onze titulares da partida com o Horizonte. A tendência é que continue assim diante do Tupi, quarta-feira, pela Copa do Brasil, e Palmeiras, sábado, em São Paulo, pela segunda rodada do Brasileirão. Mesmo sem cravar que esta formação é a ideal, o comandante tricolor acredita que este é o momento de dar continuidade e entrosamento.
- Time titular em um campeonato como esse é quase inexistente. O grupo que temos, todo mundo vai participar até o fim do campeonato. Vamos colocar o que temos de melhor em cima de uma base. É o segundo jogo, cheguei faz pouco tempo. A resposta foi boa na primeira partida, crescemos de um jogo para outro, mas temos muitos jogadores com condição de jogar na equipe.
Cristóvão Borges no Maracanã neste sábado(Foto: Matheus Andrade/Photocamera)
O elenco do Fluminense poderá passar o domingo de Páscoa com a família e se reapresenta na tarde de segunda-feira, nas Laranjeiras. Quarta-feira, o Tricolor encara o Tupi (MG), às 22h (de Brasília), no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora.
Confira a íntegra da coletiva de Cristóvão:
Atuação
- Não foi perfeita, mas foi muito boa a atuação. Tem muito a melhorar, claro. A equipe tem potencial para isso. Sendo assim, podemos crescer. Vamos continuar trabalhando para evoluir.
Time ideal
- Time titular em um campeonato como esse é quase inexistente. O grupo que temos, todo mundo vai participar até o fim do campeonato. Vamos colocar o que temos de melhor em cima de uma base. É o segundo jogo, cheguei faz pouco tempo. A resposta foi boa na primeira partida, crescemos de um jogo para outro, mas temos muitos jogadores com condição de jogar na equipe.
Manutenção do time para pegar o Tupi
- Como é um começo de trabalho, precisamos definir algumas coisa. Definir o sistema tático, o posicionamento, as ideias... Para isso, há necessidade de repetição. Dependendo dos jogos, vamos poder repetir a equipe para ganhar entrosamento. Na sequência do campeonato, muitas vezes vamos nos adaptar ao adversário. Mas agora é hora de consolidar a forma de jogar.
Melhor em relação ao time que venceu o Horizonte
- Precisamos evoluir. Do primeiro jogo para hoje, foi bom o posicionamento, a compactação do time. Tem muita qualidade e conseguimos uma variação de jogo boa. É só o segundo jogo, vamos ser exigidos e testados. Vamos ver como que a equipe suporta quando encontrar um grau de dificuldade maior.
Boa troca de passes
- Como temos um time de alto nível técnico, precisamos achar uma maneira para isso aparecer. Fortalecemos o conjunto da equipe e aí a individualidade aparece. Já havia um conhecimento entre eles, faltava coordenar algumas coisas. A equipe está crescendo.
Atuação de Sobis
- É um jogador experiente, artilheiro da equipe no ano passado, estava nos títulos. Agora, que é momento de cobrança e pressão, jogadores experientes têm que fazer parte para aguentar essa carga de crítica, de pressão. Além disso, tem a qualidade. Se o Sobis sai, teríamos dificuldade de encontrar um jogador para substituir. Se fosse achar, provavelmente não teríamos dinheiro para pagar.
Promoção e bom público
- Todos nós temos que fazer um agradecimento especial para nossa torcida. Assim como no outro jogo, quando precisávamos, eles responderam bem e jogaram junto. Temos que responder em campo para manter essa sintonia que nos emociona. Em relação a preço, todo mundo que puder contribuir para que exista um preço deste tamanho, vai ser importante para termos o estádio cheio.
Possibilidade de poupar contra o Tupi
- Vamos fazer avaliações físicas. Se os jogadores estiverem bem e recuperados, vão para o jogo. Vamos fazer isso, ir avaliando. Estamos no começo e precisamos de conjunto. Vão ser dois jogos fora do Rio, mesmo com Juiz de Fora sendo perto. Quem estiver recuperado, vai para o jogo.
Carinho com os jogadores
- Quando cheguei, eles precisavam ganhar confiança. Isso é importante no futebol. No outro jogo, já se sentiram bem. Agora, estão mais confiantes. À medida que isso aumenta, o jogo flui mais. Sentindo a proximidade e o incentivo da torcida, os jogadores ficam mais à vontade. Isso que precisa. Eles estão contentes, felizes.
Falta de jogador veloz no elenco
- Se faz necessário ter essa opção no futebol de hoje, a opção de velocidade. É preciso ter variação de jogo. Como nossos laterais são muito ofensivos, conseguimos varias o jogo e desestabilizar o adversário com a qualidade técnica. Assim, conseguimos jogar no campo do adversário.
Volta de Valencia
- O Valencia ficou um tempo machucado e está voltando para ganhar ritmo. Essa semana trabalhamos muito forte. É uma mudança de metodologia e é natural que os jogadores sintam um pouco. O trabalho da semana foi pesado, alguns jogadores ficaram doloridos e o jogo ia fazer isso acontecer. Tirei o Wagner porque a função é desgastante e estava com o jogo controlado. O Diguinho também se queixava de dor no adutor. Tirei para ele descansar e dar ritmo ao Valencia.
Liminar da Portuguesa
- Nem falamos sobre isso. Esse tipo de coisa é com a direção, a parte jurídica. Estávamos tranquilos, focados, e sabíamos que era importante ter uma estreia boa. Estávamos direcionados para isso, não para Portuguesa. Deu tudo certo.