01/10/2013 13h32 - Atualizado em 01/10/2013 13h47

Ministro não vê em dívida da OGX 'risco maior' para o Brasil

Petroleira tem 30 dias para honrar pagamento sem caracterizar calote.
Para Fernando Pimentel, trajetória da economia do país é 'confiável'.

Priscilla MendesDo G1, em Brasília

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta terça-feira (1º) que não traz “risco maior para o Brasil” a decisão da petroleira OGX, de Eike Batista, de não pagar a seus credores cerca de US$ 45 milhões referentes a juros de dívidas emitidas pela empresa no exterior.

Nesta terça, a OGX anunciou que não faria o pagamento. "A companhia optou pelo não pagamento das parcelas referentes aos juros remuneratórios, no valor aproximado de 45 milhões de dólares, decorrentes das Senior Notes emitidas pela OGX Austria, controlada da companhia, as quais venceriam na data de hoje", informou a petroleira.

Fernando Pimentel disse que o caso pode causar “algum estranhamento e desconforto dos investidores”, mas não muda a “trajetória geral” da economia brasileira.

“Claro que qualquer fato negativo abala o mercado, mas a trajetória da nossa economia é sólida e confiável. Estamos convivendo diariamente com anúncio de investimentos diariamente, novas empresas estão vindo. Não vejo risco maior para o Brasil”, afirmou o ministro após reunião com o CEO mundial da Mercedes-Benz e a presidente Dilma Rousseff.saiba mais

O ministro comparou a situação da OGX com a quebra do banco americano Lehman Brothers, em 2008. “Se fosse assim tão importante, a queda do Lehman Brothers teria liquidado a economia americana. E tal não aconteceu. Então eu tendo a ver com olhos um pouco mais, não vou dizer otimistas, mas um pouco mais cautelosos essa questão”.

O governo, relatou Pimentel, está “acompanhando com interesse” o caso da petroleira e está fazendo “o possível” para que a empresa produza resultados.

“Nós estamos fazendo o que é possível para que a empresa consiga produzir resultados e atender a expectativa dos seus acionistas, mas não podemos ir além do limite que a lei nos impõe. Então hoje o governo simplesmente acompanha, torce para que a coisa dê certo. A gente confia que o empresário Eike Batista vai superar essa dificuldade que ele está vivendo no seu grupo empresarial”, declarou o ministro.

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