Série ASérie BEuropa

- Atualizado em

Perfeito nas argolas, Zanetti coroa o brilho brasileiro no Torneio de Santos

Em manhã repleta de medalhas para a equipe verde e amarela, campeão olímpico encanta o público na competição internacional com a melhor nota da sua carreira

Por Santos, SP

O campeão olímpico Arthur Zanetti deu um presente de Páscoa para a torcida que compareceu à Arena Santos na manhã deste domingo. Com uma apresentação impecável e 16.000 (sua melhor nota no aparelho na carreira) de pontuação, ele foi o campeão nas argolas e a cereja do bolo de vitórias brasileiras do Torneio Internacional de Ginástica Artística, concluído neste domingo no litoral paulista. Antes, o melhor resultado de Zanetti era um 15.925, em 2012, em etapa da Copa do Mundo da Bélgica.

Não é preciso ser especialista para notar o diferencial da apresentação do brasileiro. A maior facilidade na transição dos movimentos e a maior estabilidade dele (e da argola) são visíveis durante seu desempenho. Some-se a isso uma chegada alinhada e se explica o enorme espaço entre ele e os rivais. O francês Arnaud Willig, que ficou com a prata, fez 14.450, bem distante do medalhista olímpico. Carlos Calvo, da Colômbia, recebeu nota 14.300 e ficou com o bronze.

Apesar da satisfação de se apresentar no seu país, a concentração e a autocrítica de Zanetti falaram mais alto.

- Durante a prova eu não vi nada, estava concentrado em cada elemento. Depois é que a gente vê o ginásio cheio e curte a galera. Sobre a apresentação, ela pode melhorar em alguns elementos, principalmente a saída. É algo que vamos ajeitando durante o ano - explicou.

Arthur Zanetti santos ginastica artistica (Foto: Ricardo Bufolin/CBG  )Arthur Zanetti fez mais uma apresentação excelente (Foto: Ricardo Bufolin/CBG )

Pouco depois da apresentação, Zanetti já era ladeado pelos pais, cujas feições transbordavam satisfação.

- É muito gostoso ver o brilho dele. Passa na minha cabeça a retrospectiva de tudo: o sofrimento, o treinamento, tudo o que ele já perdeu para poder estar aqui. É um orgulho enorme - diz mamãe Roseane, babando a cria.

- O coracão é colocado à prova a cada competição que ele vence - assume o pai coruja, Archimedes, que vibrava com a oportunidade de assistir o filho competindo "em casa".

- É um esporte lindo e que precisa ser mostrado.

01

Jade: vitória e pé no freio

Depois do título no individual geral, ontem, Jade Barbosa voltou a vencer diante da torcida brasileira. Ela ficou na primeira colocação na disputa do salto feminino, sua especialidade. Com um primeiro salto com boa cravada no fim, obteve a nota de 15.000. No segundo, após um passo à frente, 14.300. Com a média de 14.650 nos dois saltos, saiu vitoriosa.  A brasileira Letícia Costa foi a segunda colocada (13.863), e a argentina Ailen Valente, a terceira (13.100).

Jade também fez bonito nas barras assimétricas. O título veio com a nota 13.375, superando a colombiana Bibiana Vélez, com 13.275, que ficou com a prata, e a brasileira Maria Cecília Cruz, que recebeu nota 13.100. 

Jade Ginástica Barra (Foto: Ricardo Buffolin/CBG)Jade faturou o título nas barras assimétricas (Foto: Ricardo Buffolin/CBG)



A ginasta ainda disputaria a prova de solo, mas seu staff optou por poupá-la.

- No nosso planejamento, ela tem que estar bem para o Mundial e para o Pré-Pan. Então, a gente quer que ela dê continuidade no trabalho que está fazendo. Isso aqui nada mais é do que uma avaliação, para saber em qual estágio que ela está para ir aumentando a carga. A gente resolveu poupar para que ela retorne e continue o treinamento normal. Não teve lesão, não houve nada - explicou o técnico Ricardo Pereira.

01

Família Hypolito faz bonito

Com Jade poupada no solo, quem deu show foi Daniele Hypolito. Com movimentos precisos e sem os erros cometidos por suas adversárias, ela levantou o público e faturou o ouro com 14.050. A prata foi dividida por Letícia Lima e Ailen Valente, que tiveram nota 12.150.

- Queria agradecer ao Roni, que criou a minha nova coreografia - disse Dani, referindo-se ao trabalho de seu coreógrafo, Roni Ferreira, na série que empolgou a arquibancada.

Na primeira disputa de finais por aparelhos, na trave, Dani já tinha obtido uma vitória. Com uma rotina segura, sem desequilíbrios inesperados e uma bonita cravada na saída, a brasileira obteve a nota de 14.775. Na segunda colocação ficou Jade Barbosa, com 13.775. Ginna Escobar, da Colômbia, foi a terceira, com 12.350.

A alegria da Dona Geni e do Seu Wagner, que assistiam atentamente aos filhos da arquibancada, também ganhou força com a atuação de Diego Hypolito. Na final do salto masculino, ele foi ao degrau mais alto do pódio. Dando apenas um ligeiro passo para a frente na aterrissagem, o brasileiro obteve a média de 14.950 nos dois saltos (14.900 no primeiro e 15.000 no segundo). O britânico Frank Baines e o francês Kevin Dupuis empataram na segunda colocação, com 14.675.

Diego, no entanto, ficou a 150 pontos de conquistar o segundo título e repetir o exemplo da irmã. No solo, acabou superado pela apresentação corretíssima do britânico Kristian Thomas, que recebeu a nota 15.300. Kevin Dupuis, com 14.700, levou o bronze.

02

outra dourada PRA SASAKI

Campeão do individual geral masculino, Sergio Sasaki venceu mais uma disputa neste domingo. Na barra fixa, o brasileiro apresentou uma série contundente e de alto nível, com uma saída do aparelho perfeita, obtendo 15.250. A prata ficou com Kristian Thomas (14.800), e o bronze, com Arnaud Willig (14.050). 

Sasaki ainda levou o bronze nas barras paralelas. Seus 13.350 foram superados pelo britânico Daniel Keatings (15.000), o vencedor, e Kevin Antoniotti, da França, com 13.550.

Só no cavalo não houve medalhistas brasileiros. Keatings também venceu neste aparelho, com 15.550, seguido pelo colombiano Carlos Calvo (15.250) e o francês Kevin Antoniotti (13.550).




  • imprimir
  • entre em contato
  • Compartilhar no Orkut
  • Enviar para um Amigo
140 caracteres

Verificação de segurança

Gênero