O Cori-Sabbá vive uma trajetória de altos e baixos no
Campeonato Piauiense 2014. No primeiro turno, o time deixou escapar a vaga para
as semifinais na última rodada. Na metade final do Estadual, começou mal, mas três
vitórias seguidas o colocaram de novo na briga. Fora das quatro linhas, no
entanto, os problemas financeiros tem sido uma constante. Falta de estrutura e
atrasos no salário tem dificultado a relação entre jogadores e diretoria.
Na última rodada do primeiro turno, o Cori-Sabbá poderia se
classificar com apenas um empate diante do Piauí, mas perdeu e foi eliminado.
Na ocasião, a equipe só viajou em cima da hora, segundo algumas pessoas ligadas
ao clube, para economizar com a diária do hotel. Chegando em Teresina faltando
apenas duas horas para o início da partida, os atletas não descansaram antes de
entrar em campo e alegam que isto atrapalhou o rendimento.
O atraso nos salários também tem sido um problema recorrente
no alvi-negro de Floriano. Contra o Barras, na última rodada, os jogadores
novamente demoraram a viajar, desta vez porque estavam em reunião com a
diretoria para cobrar explicações sobre o dia do pagamento.
- Estavam devendo parte do mês de março, e o vencimento de
abril foi no dia 10. Tinham prometido que iriam quitar tudo, mas aí um dia
antes do jogo pagaram apenas o restante do mês passado e parte deste mês. Os
jogadores não gostaram e nos reunimos com a diretoria e prometeram agilizar –
afirma o zagueiro Jó, um dos atletas mais experientes e um dos líderes do
Cori-Sabbá.
Jó confirma que o seu pagamento está em dia, mas que outros
atletas receberam apenas parte do salário de abril. A situação é confirmada
pelo técnico Vanin, que ainda cita outras dificuldades estruturais. O treinador,
no entanto, reforça o compromisso com o clube.
- Para Barras nós viajamos de micro-ônibus porque o clube
não tinha condições de pagar um ônibus. É um time de pouco patrocínio. Não são
as condições ideais, a dificuldade é muito grande, mas estamos trabalhando todo
dia – defende o comandante alvi-negro.
Presidente nega problemas
José Bruno, presidente do Cori-Sabbá, diz que não há motivos
para reclamação no clube. Mesmo reconhecendo que parte dos salários ainda está
pendente, o dirigente ressalta que o balanço financeiro do time de Floriano
está satisfatório, e que o pagamento que ainda resta será regularizado em
breve.
- O vencimento de março está quitado, e o que venceu agora
dia 10 de abril, alguns foram quitados e outros estão faltando pouco, 20%, 40%,
50%. Se existe um clube limpo no Piauí, que não tem nenhuma dívida, nem
trabalhista, é o Cori-Sabbá. E queremos quitar tudo na próxima semana. No
máximo, até a segunda-feira depois do jogo contra o Piauí estarão todos pagos –
afirma o presidente.
José Bruno também fala das dificuldades para manter as
contas em dia. O Cori-Sabbá recebe um patrocínio de R$ 40 mil mensais da
prefeitura, além de algumas verbas pontuais de empresários da região de
Floriano. Além disso, o presidente culpa o desempenho ruim da equipe no início
do returno pela pouca arrecadação no estádio.
- Em Floriano, o público só comparece se o time estiver
ganhando. A equipe começou mal e tivemos uma redução muito grande nas rendas –
finaliza.
O Cori-Sabbá jogará sua partida decisiva no returno do Campeonato Piauiense no domingo (27) contra o Piauí, diante da sua torcida, no Estádio Tibério Nunes, em Floriano.