22/11/2013 14h40 - Atualizado em 22/11/2013 18h50

Confira a repercussão do leilão dos aeroportos

Dilma disse que leilão de Confins e Galeão foi 'além das expectativas'.
Odebrecht e operadora de aeroporto de Cingapura levaram o Galeão.

Do G1, em São Paulo

Legenda (Foto: Darlan Alvarenga/G1)O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, o ministro Wellington Moreira Franco e o diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys, durante o leilão dos aeroportos nesta sexta  (Foto: Darlan Alvarenga/G1)

Políticos e especialistas comentaram o resultado do leilão dos aeroportos do Galeão e de Confins, ocorrido nesta sexta-feira (22). O aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, foi arrematado por R$ 19 bilhões (ágio de 293,91%) pelo consórcio Aeroportos do Futuro. Já o de Confins, em Minas Gerais, foi arrematado por R$ 1,82 bilhão (ágio de 66%), pelo consórcio AeroBrasil.

A rodada de concessões de aeroportos brasileiros garantiu ao governo uma arrecadação de R$ 20.838.888.000. O valor representa um ágio de 251,74% em relação ao mínimo fixado pelo governo, de R$ 5,9 bilhões.

Dilma Rousseff, presidente do país
​“O resultado do leilão é muito bom. Foi um resultado, de alguma forma, muito além das expectativas (…) Então, o total arrecadado com os dois leilões dá 20 bilhões oitocentos e alguma coisa. O que é muito importante porque não só evidencia o interesse dessas empresas, porque quem ganhou são grandes empresas de aeroportos. (...) Aqueles pessimisitas, incrédulos, hoje infelizmente vão ter um dia de amargura, porque não deu errado. Vou repetir, não deu errado. No Brasil tem uma coisa muito triste, torcem para dar errado. Mais uma vez não deu errado".

Guido Mantega, ministro da Fazenda
"Significa que há apetite dos investidores para entrar no programa de concessões brasileiro. Quando você oferece um produto rentável, você atrai competição, atrai esses investidores. São R$ 19 bilhões [Galeão]. Não é um leilão pequeno. É um leilão grande".

Wellington Moreira Franco, ministro da Secretaria de Aviação Civil
“Essa confiança que hoje foi demonstrada, com números alcançados e resultados efetivos que tivemos, nos garante que estamos percorrendo no caminho certo. (...) Os números são muito claros e evidenciam o sucesso. A disputa, a concorrência de Galeão e Confins (...), nos leva para resultados positivos, de confiança no futuro, de acerto da metodologia”.

Marcelo Guaranys, diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
"Mais uma vez conseguimos fazer um leilão em prazo recorde e muito bem sucedido".

Paulo Resende, professor da Fundação Dom Cabral
“O leilão anterior teve 11 consórcios, esse teve cinco, mas a diferença é gritante porque temos operadores em nível mundial e os dois que ganharam são referencia mundial ou europeia em qualidade de serviço. (...) (Os operadores que venceram a disputa) pensam como gestor: 'quando o passageiro estiver na fila, não estou ganhando com ele'. Eles não gostam de gente na fila, ao contrário da Infraero”.

Adriano Pires, especialista em infraestrutura
“Era mais ou menos o esperado. Ágio menor que esse não apareceria. Então, nesse sentido, não houve nenhuma surpresa. (...) As duas operadoras que venceram o leilão são cinco estrelas. Isso foi um grande avanço, precisa de elogios. As duas operadoras operam os melhores aeroportos do mundo.  É importante, porque vai trazer benefícios para o usuário, vai garantir qualidade para quem usa os dois aeroportos. (...) O governo não tinha que envolver BNDES, Infraero, tinha que deixar as empresas buscarem financiamento no mercado. É uma falsa iniciativa privada. Quanto vai custar essa obra para o governo?”.

Rodolfo Salomão, diretor da Associação Nacional dos Analistas e Especialistas em Infraestrutura (Aneinfra)
“No primeiro momento o passageiro encontra estorvo porque quem assume começa a fazer obra no aeroporto, há problemas com setores fechados e obras de melhoria. (...) Acho que deve haver discussão para adiar início de algumas obras para depois da Copa. E o resultado é que provavelmente não teremos melhoria alguma durante a copa do mundo”.

Confederação Nacional da Indústria (CNI)
"A indústria brasileira tem pressa. A participação da iniciativa privada na expansão e na gestão da infraestrutura é fundamental para agilizar a execução dos projetos, como certamente irá ocorrer com os consórcios vencedores no Galeão e Confins, reforçados por operadoras internacionais de aeroportos de larga experiência e competência comprovada".

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