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Caio demonstra frustração por pênalti não marcado: “Desanima gente séria"

Treinador questiona comunicação entre árbitro, assistente e adicional de trás do gol e conceitua erro como “inacreditável”: "No mesmo lance tem a falta e a mão do jogador"

Por Criciúma


Um erro capital e que influi diretamente no resultado da derrota por 2 a 1 para o Palmeiras. Assim conceituou o técnico Caio Júnior sobre o lance no 12º minuto do segundo tempo da partida no Heriberto Hülse. O zagueiro Tiago Alves, do Palmeiras, cometeu falta sobre o atacante do Criciúma, Silvinho, enquanto os mandantes venciam por 1 a 0. A penalidade máxima não assinala dominou a entrevista coletiva do treinador após o revés. Por mais que tenha elogiado a equipe e aprovado o que viu, não conseguiu esconder a frustração, ainda que preferisse evitar o tema e deixar para que diretores tratassem do caso.

- Acho que a direção tem que dar uma posição em nome do clube. Mas tem algumas situações no futebol que a gente fica preocupado e triste. Eu fico envergonhado, como o que ocorreu no jogo entre a Portuguesa e Joinville (jogo foi interrompido aos 16 minutos da primeira etapa): é uma vergonha o que nós passamos para o mundo inteiro. Será que tem algo diferente? Não é possível não dar um pênalti deste, o que ocorreu aqui é inacreditável: vi na televisão o que já tinha visto na hora, vi perfeitamente que era pênalti. Você tem o árbitro no lance, o bandeira e o árbitro atrás do gol, como não falam um com outro que é pênalti, meu Deus do céu. Prejudica uma região inteira, que é apaixonada por futebol, que vem ver espetáculo. Atrapalha um trabalho sério, não pode acontecer. Isso desanima gente séria como nós no futebol. 

Caio Júnior Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro/Criciúma EC)Caio Júnior não esconde frustração por pênalti não assinalado (Foto: Fernando Ribeiro/Criciúma EC)





Análise do jogo, gols do Palmeiras e erro de arbitragem
- Primeiro que futebol é assim, só vale as bolas que entram, mas minha avaliação como treinador é independente do resultado, tem que avaliar jogo a jogo. Jogamos dentro de uma proposta, era nossa estratégia, isso foi muito bom. O Palmeiras teve poucas chances ou quase nada. Primeiro tempo foi de um volume maior do Palmeiras, mas controlamos e tivemos mais oportunidades - o desequilíbrio estava no Juninho, o lateral-esquerdo deles: não conseguimos encaixar a marcação, mas acertamos no segundo tempo e fomos muito superiores. Até os 25 minutos (do segundo tempo) tivemos três lances claros de gol e o lance do pênalti, que acabei de ver na televisão. Essas coisas desanimam a gente. O que precisa para dar o pênalti? No mesmo lance tem a falta e a mão do jogador do Palmeiras: lance para 2 a 0. Conseguir uma possibilidade  sobre um Palmeiras forte como este é difícil no futebol. Foi um lance capital. A equipe sentiu, isso mexeu um pouquinho, e os lances dos gols foram esporádicos do Palmeiras, na reta final, mas infelizmente aconteceram. A defesa estava bem organizada o jogo inteiro, mas em dois lances deixamos de pontuar, que já seria uma injustiça ao meu ver. 

Substituições
- Acho que as substituições não tem nada a ver do que correu no final, foram lances isolados. Wellington (Bruno) entrou bem, o Vitor (Michels) entrou bem e fez o que pedi no lado direito. Cortez só foi dois ou três minutos. Acho que não teve interferência nenhuma, foram lances pontuais, falhas nossas, mas obviamente tenho que enaltecer uma equipe vibrante, guerreira e competitiva, que enfrentou uma das melhores equipe dos momento do futebol brasileiro, de igual para igual, com possibilidade concreta da vitória. Uma equipe em formação ainda. Temos jogadores ainda para estrear e outros nem estão inscritos, contra um Palmeiras com formação que joga a muito tempo junto e isso me orgulha. Mas é uma decepção muito grande perder um jogo como este.  

Escolha do ataque
- Acho que o time todo foi bem, óbvio que estamos em formação, na busca pela equipe ideal. Mas tivemos bons momentos, domínio no meio campo, o adversário é muito forte. O Silvinho para mim foi o jogador mais importante do jogo, pela força, pela imposição de velocidade. Bruno Lopes também ajudou muito, mas é um menino que ainda estamos trabalhando. Falta em nosso grupo atacantes, todos sabem, o que foi contratado, o Cristiano, ainda não foi inscrito, não estava à disposição. Então é um problema, estou tentando, dentro do que tenho, escalar a equipe da melhor maneira. Hoje achei que, taticamente e em termos de estratégia, a equipe foi muito bem.

Resultado indigesto
- Difícil. Hoje é uma noite difícil para todos. Se você perde o jogo com o adversário muito superior, que merece a vitória, até é ruim de dormir porque você fica preocupado que não tem uma equipe. Agora quando você perde com uma equipe melhor, que teve as principais chances, lógico que não fizemos um jogo tecnicamente muito bom, porque ainda estamos em formação, mas a possibilidade de 2 a 0 iminente... isso derruba qualquer um.

Mudança em relação ao último jogo
- Tenho muito orgulho de ver uma equipe que coloca em prática o que treina. Muitas coisa positivas aconteceram nesta noite. Acho que foi trabalho, treinamento, a gente trabalha com vídeo, em cima do adversário, muita coisa boa aconteceu no jogo que claramente se desenhava para uma grande vitória, mas algo não está deixando as coisas acontecerem por aqui. Conseguimos 2 a 0 no Londrina pela Copa do Brasil e no ultimo lance tomamos o gol, hoje desta forma também. Tem que ter fé, nos unirmos para eliminar esse tipo de situação que vem se repetindo nos jogos.

Leitura da partida
- A leitura do jogo é em função de resultado muitas vezes, acho que melhoramos muito neste aspecto de avaliação. Acho que tem que avaliar o que aconteceu no jogo: o Palmeiras não mereceu a vitória, lógico que levou os três pontos, mas nós estamos no caminho certo. Acho que é uma equipe competitiva e forte. Infelizmente não levamos pontos, mas me orgulha de ter feito um grande jogo. Quanto ao lance da arbitragem, o próximo jogo o torcedor tem que vir incentivar e cobrar a arbitragem também, porque eles precisam só cumprir o papel deles, seguir a regra, mas fez que não viu. Não pode, tem que ter responsabilidade. A minha responsabilidade é grande como treinador, então o árbitro tem responsabilidade absurda, envolve muita coisa, três pontos ou um ponto (ou nenhum). Não se pode deixar por isso mesmo, alguém tem que ser punido, não pode, não é possível.  

Goleiro Bruno titular pelo segundo jogo seguido
- Vamos analisar, ele é jovem. A gente sabe que quando acontece uma situação que não é positiva, abala. Temos que analisar internamente. Sabemos que precisamos de um terceiro goleiro, a avaliação será feita se é para ser titular ou completar elenco. O Galatto teve um período, agora o Bruno e vamos ver o que faremos durante a semana.

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