O presidente da Portuguesa, Ilídio Lico, disse neste sábado, após a entrevista coletiva com José Luiz Ferreira de Almeida, advogado do clube, que foi informado por telefone da intimação judicial para que o time abandonasse o jogo contra o Joinville, pela primeira rodada da Série B do Brasileiro.
Lico explicou que estava em casa durante a partida contra o Joinville, disputada na última sexta-feira e paralisada aos 16 minutos do primeiro tempo por força de uma liminar do torcedor Renato Azevedo. O dirigente disse que nenhum oficial de Justiça chegou a ir até a sua residência para intimá-lo, mas afirmou ter recebido por telefone a informação sobre a intimação. Ele admitiu que já sabia da existência da liminar.
No Canindé, o ambiente neste sábado, entre torcedores e conselheiros, era de confiança. Todos, inclusive, usaram o discurso do advogado José de Almeida para referendar que a Portuguesa está na Série A enquanto a liminar estiver vigente.
Agora, a posição da Lusa é de não jogar mais a Série B enquanto a liminar valer. O advogado do clube diz ter certeza da volta do time para a Série A. Por outro lado, o advogado da CBF no caso, Carlos Miguel Aidar, também presidente do São Paulo, adianta que a liminar deverá ser cassada já na próxima terça-feira e a equipe, consequentemente, deve sofrer sérias punições.
Entenda o que aconteceu:
Aos 16 minutos do primeiro tempo do jogo entre Joinville e Portuguesa, pela Série B do Brasileirão, o delegado da partida, Laudir Zermiani, interrompeu o confronto. Ele recebeu uma liminar das mãos de Marcos Lico, filho do presidente da Lusa, Ilídio Lico, dizendo que a Portuguesa deveria receber de volta os quatro pontos que foram tirados dela no Brasileirão do ano passado, por conta da escalação irregular do meia Héverton, na última rodada, contra o Grêmio.
Com os pontos, o time se livraria do rebaixamento, que foi determinado pelo STJD em julgamento em dezembro. O documento apresentado em Joinville foi solicitado pelo torcedor Renato de Britto, na 3ª Vara Cível do Foro Regional da Penha, em São Paulo.
A CBF, por sua vez, diz que a liminar não tem eficácia e alega que apenas a 2ª vara civil da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, pode emitir uma decisão contrária à do STJD. A entidade ainda afirma que a Lusa será julgada por W.O ou abandono de jogo, que será apreciado pelo STJD.