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Deivid dá a receita para Santos repetir 2004: "Elenco tem de ser equilibrado"

Ex-atacante foi o artilheiro santista no último título brasileiro conquistado pelo Peixe, há dez anos. Para ele, Alvinegro tem bom time, mas grupo precisa de mais opções

Por Santos, SP

Deivid em Santos (Foto: Lincoln Chaves / Globoesporte.com)Deivid vê elenco santista carente de nomes mais experientes para Brasileiro (Foto: Lincoln Chaves)

O Santos inicia neste domingo, às 18h30 (de Brasília), contra o Sport, na Vila Belmiro, a busca pelo título que não vem há dez anos: o de campeão brasileiro. Um dos heróis daquela conquista foi Deivid – que, no início do mês, anunciou o fim de sua carreira. Goleador do Peixe no torneio, com 21 gols, com Robinho, ele sabe o que o Alvinegro precisa para repetir 2004.

A começar pela formação do grupo. Para o ex-jogador, mais do que ter um elenco, é preciso que ele seja equilibrado. Até por isso, não vê o Santos entre os principais favoritos ao título. Deivid entende que o time alvinegro é forte, mas o grupo carece de peças de reposição e de nomes mais experientes. Situação oposta, segundo ele, à do Peixe há dez anos.

– Não basta ter um elenco “só” bom. Ele tem de ser equilibrado. É o técnico olhar para o banco e saber que tem jogadores em quem pode confiar. Em 2004, por exemplo, o Robinho saiu do time por algumas rodadas na reta final devido ao sequestro da mãe, mas o Basílio entrou e manteve o nível. No Cruzeiro, jogadores entram, saem, e você não sabe quem é titular e reserva – analisa o ex-atacante, que está em Santos para resolver assuntos pessoais.

– O Santos atual tem um time muito bom, mas não tem elenco. Se você tira Arouca, Cícero ou o Leandro Damião, falta a referência. Jogar com os meninos é importante, mas, na hora do aperto, eles podem não aguentar. É preciso ter quem dê suporte. Na nossa época, saíram Diego, Renato e Alex, mas chegaram Fabinho, Preto Casagrande, eu... Era um grupo experiente, que superou dificuldades, saiu do 20º lugar e foi campeão. Uma das minhas maiores conquistas – emenda.

O equilíbrio do elenco é fundamental para que, além de um bom desempenho em casa, a equipe também some pontos fora. Em 2004, o Peixe teve um ótimo desempenho como mandante (81% dos pontos disputados). Longe da Vila, o aproveitamento também foi bom: nove vitórias em 23 jogos. Só Palmeiras e Juventude, com 10 triunfos, foram melhores.

– Sempre falo que, no Brasileiro, o importante é somar pontos. Ganhar tudo em casa e beliscar o que der fora. Aí, bate campeão. Ganhamos 18 de 23 jogos em casa naquele ano, beliscamos vários pontos fora e fomos campeões. É o diferencial – diz Deivid, colocando o Alvinegro como um dos candidatos ao título, ainda que não no primeiro escalão.

– Quando o time é grande, como o Santos, sempre se entra para brigar pelo título, é natural. Tem que ver se vai se ficar na briga. Vejo Cruzeiro e Atlético-MG um pouco a frente, por exemplo. São equipes com elencos muito bons, que vão brigar pelo campeonato – conclui.

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