23/04/2014 08h01 - Atualizado em 23/04/2014 08h01

Marcos Veras fala de 'Copa de elite': 'Comédia está aí para tocar na ferida'

Diretor afirma que poderia ter 'zoado mais', mas produção mudou roteiro.
Rafinha Bastos diz que 'a paródia não pode ter limite'; veja entrevista.

Letícia MendesDo G1, em São Paulo

 "Quando escrevemos a primeira versão do roteiro do filme, o Brasil perdia a Copa no final. Se a gente quisesse zoar mesmo, teria explodido o Cristo", exagera o diretor de "Copa de elite", Vitor Brandt, ao G1. Estrelada por Marcos Veras, Júlia Rabello e Rafinha Bastos, a paródia não pega tão pesado em suas piadas quanto poderia. Segundo o cineasta, estreante em longa, essa decisão foi tomada pela produção especialmente para que "algumas pessoas não se sentissem ofendidas".

Para Marcos Veras, o "Copa de elite" é uma "homenagem ao cinema nacional". "A gente só faz paródia do que é sucesso e, graças a Deus, o cinema está vivendo um momento muito bacana, principalmente com as comédias", afirma (assista ao vídeo acima).

Em uma cena do filme, Jorge Capitão – personagem de Veras, que imita o Capitão Nascimento – diz que "o único crime que será cometido na Copa é a violência policial". O ator diz que esse é um de seus trechos favoritos por ser uma reprodução exagerada e cômica do que vemos nos jornais. "A comédia está aí para brincar, ironizar e tocar um pouco na ferida. Esse é um dos objetivos do humor".

Rafinha Bastos também afirma que a paródia não pode ter limite. "Você realmente precisa ir fundo nas suas brincadeiras". Júlia Rabello encara o "Copa de elite" como "maturidade da nossa indústria". "Hoje em dia,  a gente já pode brincar com isso porque esses filmes já fazem parte do imaginário da nossa população."

Já uma continuação desse filme parece ser complicada, para Brandt. "Parodiamos filmes dos últimos dez anos, então até conseguir juntar mais uma gama de filmes para poder parodiar não sei se sustenta um filme novo", diz o diretor. Ele sugere uma próxima paródia em cima das Olímpiadas de 2016. "Dá para fazer um filme no estilo de 'Jamaica abaixo de zero' [referindo-se ao filme americano de 1993, que satiriza as Olímpiadas de Inverno]".

"Lá fora, como a produção é muito maior, eles conseguem fazer um filme que é só paródia de filme de terror, ou comédia romântica, ou biografia musical. A gente produz muita novela e não há uma comédia que brinque com novelas. Nesse último ano, foram lançados dois filmes que se passam em navio. Daqui a pouco, podemos fazer uma paródia disso", diz o cineasta.

Marcos Veras e Rafinha Bastos estão em 'Copa de elite' (Foto: Divulgação)Marcos Veras e Rafinha Bastos estão em 'Copa de elite' (Foto: Divulgação)
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