Por quase uma década, Michael Phelps foi a pedra no sapato de Thiago Pereira.
Maior medalhista olímpico da história (22 pódios, sendo 18 no topo), o americano foi mais do que um
rival para o brasileiro, foi também um espelho. Por isso, Thiago
celebrou o retorno do seu maior adversário às piscinas depois de uma
curta aposentadoria pós-Olimpíadas de Londres 2012. Rei das provas de medley,
Phelps nadará os 50m e os 100m livres além dos 100m borboleta no Grand
Prix de Mesa, no Arizona. Se optar por voltar às provas de medley,
Thiago Pereira promete não dar moleza.
- A natação ganha muito
com essa volta. Eu pelo menos fiquei bastante satisfeito. Mais uma
oportunidade de estar competindo contra ele e, quem sabe, tentar
vencê-lo nas Olimpíadas do Brasil - disse o brasileiro.
Thiago
bateu Phelps nos 400m medley dos Jogos de Londres, em 2012, quando o
brasileiro só ficou atrás do americano Ryan Lochte, enquanto o maior
astro da natação acabou no quarto posto. Phelps deu o troco com o tri
dos 200m medley, prova favorita de Thiago, que só tem elogios ao rival.
-
Ele foi único e esteve presente em todos os momentos da minha carreira
até hoje. Tenho certeza de que muito da evolução que eu tive foi por
causa dele. Essa evolução do medley no cenário mundial, ele que provocou
isso. Ele foi o primeiro atleta que quebrou essa coisa de uma ou duas
provas, mostrou que é possível nadar várias.
Thiago Pereira
pode enfrentar Phelps novamente no Pan-Pacífico, principal competição em
piscina longa no ano, que será realizada na Austrália, em agosto.
-
Meu foco é o Pan-Pacífico, com certeza, até porque meus grandes
adversários de Mundial e Olimpíadas vão estar lá, que hoje são o Kosuke
Hagino (do Japão), o Ryan Lochte e o Phelps, que é uma incógnita.
Ninguém sabe como ele vai voltar. Só vai ficar faltando o Laszlo Cseh
(da Hungria). Encaro o Pan-Pacífico como se fosse um Mundial.
A
estratégia de focar no Pan-Pacífico é diferente da de Cesar Cielo, que
prefere apostar suas fichas no Mundial em piscina curta de Doha. Thiago
Pereira ainda assim pretende estar forte no Qatar, em dezembro.
-
Vou estar no Mundial de Doha, vou nadar três Copas do Mundo de outubro a
novembro para conseguir o índice e pegar o ritmo da piscina curta. Vou
representar o Brasil da melhor maneira possível.