O preço da cesta básica subiu em 15 de 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em novembro.
De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, as maiores elevações ocorreram em Fortaleza (3,47%), Florianópolis e Belo Horizonte (ambas com alta de 2,67%), e Vitória (2,43%). Houve redução no valor da cesta em Goiânia (3,06%), Aracaju (1,73%) e em Recife (0,69%).
Porto Alegre foi, pelo segundo mês consecutivo, a capital com a cesta de gêneros alimentícios de primeira necessidade mais cara, no valor de R$ 328,72. A capital, contudo, teve variação de 1,18% - menor do que a registrada para nove localidades.
A segunda cesta de maior valor foi verificada em São Paulo (R$ 325,56), seguida de Vitória (R$ 321,41) e Rio de Janeiro (R$ 316,88).
Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 218,71), Goiânia (R$ 254,44) e João Pessoa (R$ 257,16).
Carne sobe em 15 capitais
Em novembro, cinco produtos apresentaram predomínio de aumento: carne bovina (15 capitais), tomate (14), pão francês (13), açúcar (10) e manteiga (10).
Outros seis itens de alimentação mostraram tendência de queda na maior parte das cidades pesquisadas: leite (14 capitais), feijão (14), banana (14), óleo de soja (14), café em pó (13) e arroz (10).
"O preço da carne, produto de maior peso na cesta, continuou em elevação no mês de
novembro, pois 15 das 18 capitais apresentaram altas entre 0,50% (Salvador) e 6,35% (Vitória)", diz o Dieese. "Além do período de entressafra que ocorre desde setembro, houve ampliação do montante exportado, o que manteve o patamar de preços elevados no mercado interno", aponta a divulgação, sobre a carne.
Salário mínimo X cesta básica
O Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário para uma família.
O cálculo é feito com base na cesta mais cara do mês (Porto Alegre, em novembro) e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
"Em novembro deste ano, o menor salário pago deveria ser de R$ 2.761,58, ou seja, 4,07 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678,00", diz a divulgação.