06/12/2013 11h38 - Atualizado em 06/12/2013 11h48

Produtores encerram plantio da safra de soja 2013/14 em Mato Grosso

Custos de produção foram considerados os mais caros da história.
Quase 8,3 milhões de hectares foram destinados à cultura neste ciclo.

Leandro J. NascimentoDo G1 MT

Plantio de soja em MT (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)Plantio de soja em Mato Grosso já encerrou, segundo Imea
(Foto: Leandro J. Nascimento/G1)

Maior produtor brasileiro de soja, Mato Grosso encerrou o plantio da nova safra do grão, considerada a mais cara da história. Foram pouco mais de três meses para semear quase 8,3 milhões de hectares, uma área 4,8% maior que a de 2012/13, que era de 7,9 milhões de hectares.

Até 28 de novembro, três das seis regiões produtoras já tinham finalizado a semeadura: noroeste, médio-norte e oeste. Já no nordeste, centro-sul e sudeste, as máquinas permaneceram por mais uma semana no campo. Na edição 2013/14, que promete ser recorde, espera-se uma produção de 25,6 milhões toneladas.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), neste ano o custo efetivo de produção da safra sofreu um aumento de 23%, sendo a maior elevação da série histórica avaliada pelo órgão e iniciada em 2009. O custo total passou de R$ 2,3 mil para cada hectare.

Na lista dos itens que mais pesaram estão os insumos, que sofreram uma elevação de 23,15%, puxados principalmente pelo aumento do preço da semente em 41,22%. Defensivos e fertilizantes aumentaram 22,13% e 20,11%.

Mais máquinas
Também em 2013 a maior capacidade de máquinas favoreceu o plantio. Desde a regularização das chuvas em meados do dia 17 de outubro, a semeadura praticamente acelerou. Em menos de duas semanas os produtores chegaram a plantar 45% das áreas.

Relatórios recentes divulgados pelo Imea já apontavam que apenas na semana do dia 24 de outubro, época em que o plantio deu um salto, foi possível atingir quase 2 milhões de hectares. A média diária chegou a 275 mil hectares.

No último ano, considerando a época maior ritmo, a extensão por dia chegava a 199 mil hectares. "A grande capacidade de semear só foi possível devido ao clima favorável na grande maioria das regiões, junto com a boa estrutura de maquinários que os produtores mato-grossenses têm", indicaram recentes análises feitas pelo órgão.

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