06/12/2013 12h01 - Atualizado em 06/12/2013 12h08

Entidades de MS recorrem contra suspensão do 'Leilão da Resistência'

Leilão pretende arrecadar recursos para ações contra as invasões de terra.
Certame está marcado para este sábado (7), em Campo Grande.

Anderson ViegasDo Agrodebate

Presidente da Acrissul, Francisco Maia (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)Presidente da Acrissul, Francisco Maia
(Foto: Fernando da Mata/G1 MS)

A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e a Associação dos Criadores do estado (Acrissul), entraram nesta quinta-feira (5) com um recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF 3), em São Paulo, para tentar derrubar a suspensão do “Leilão da Resistência”, determinada por liminar concedida nesta quarta-feira (4), pela juíza da 4ª Vara Federal de Campo Grande, Janete Lima Miguel.

O “Leilão da Resistência” é a principal ação do chamado “Movimento da Resistência”, que pretende mobilizar mais de 2 mil produtores rurais do estado, algumas das principais lideranças do agronegócio brasileiro, como a presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu, além de parlamentares federais, estaduais e lideranças do setor, para discutir a questão das invasões de terra por indígenas.

Segundo o presidente da Acrissul, Francisco Maia, o objetivo do leilão seria arrecadar recursos para ações de mobilização dos produtores, de logística, para o pagamento de honorários de advogados, para a divulgação do movimento e até mesmo para segurança. 

O certame, entretanto, foi suspenso em razão de liminar concedida em ação impetrada pelas comunidades indígenas na Justiça Federal em Campo Grande. No despacho, a juíza determinou que não seja organizado qualquer leilão similar e estipulou uma multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento da decisão.

Maia diz que já haviam sido arrecadados pelo menos 800 cabeças de gado para o leilão, além de grãos, como soja e milho, pequenos animais e até equipamentos. Ele revela que se o recurso impetrado no TRF 3, não for julgado a tempo, ou mesmo que a decisão mantenha a suspensão, que as entidades estão estudando realizar o leilão e usar parte dos recursos arrecadados para pagar a multa estipulada pela Justiça. “O importante é a mobilização”, destacou.

A mobilização do movimento está marcada, mesmo com o leilão suspenso, para este sábado (7), às 14h (horário de MS), no tatersal do parque de exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande.

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