(Foto: Fernando da Mata/G1 MS)
A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e a Associação dos Criadores do estado (Acrissul), entraram nesta quinta-feira (5) com um recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF 3), em São Paulo, para tentar derrubar a suspensão do “Leilão da Resistência”, determinada por liminar concedida nesta quarta-feira (4), pela juíza da 4ª Vara Federal de Campo Grande, Janete Lima Miguel.
O “Leilão da Resistência” é a principal ação do chamado “Movimento da Resistência”, que pretende mobilizar mais de 2 mil produtores rurais do estado, algumas das principais lideranças do agronegócio brasileiro, como a presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu, além de parlamentares federais, estaduais e lideranças do setor, para discutir a questão das invasões de terra por indígenas.
Segundo o presidente da Acrissul, Francisco Maia, o objetivo do leilão seria arrecadar recursos para ações de mobilização dos produtores, de logística, para o pagamento de honorários de advogados, para a divulgação do movimento e até mesmo para segurança.
O certame, entretanto, foi suspenso em razão de liminar concedida em ação impetrada pelas comunidades indígenas na Justiça Federal em Campo Grande. No despacho, a juíza determinou que não seja organizado qualquer leilão similar e estipulou uma multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento da decisão.
Maia diz que já haviam sido arrecadados pelo menos 800 cabeças de gado para o leilão, além de grãos, como soja e milho, pequenos animais e até equipamentos. Ele revela que se o recurso impetrado no TRF 3, não for julgado a tempo, ou mesmo que a decisão mantenha a suspensão, que as entidades estão estudando realizar o leilão e usar parte dos recursos arrecadados para pagar a multa estipulada pela Justiça. “O importante é a mobilização”, destacou.
A mobilização do movimento está marcada, mesmo com o leilão suspenso, para este sábado (7), às 14h (horário de MS), no tatersal do parque de exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande.