Semana mais curta traz prévia do PIB para setembro

seg, 11/11/13
por Thais Herédia |

Com um dia a menos por causa do feriado da proclamação da República – sexta-feira, dia 15 – bem que a semana poderia ser mais tranquila. Tudo vai depender do humor do mercado financeiro, da percepção dos investidores e da volatilidade dos ativos negociados no Brasil.

Dois dados importantes serão conhecidos nos próximos dias. Na quarta-feira, o IBGE divulga as vendas no varejo em setembro. A expectativa dos economistas é de alta de 1% – no topo do otimismo. No dia seguinte, o Banco Central apresenta o resultado do IBC-Br de setembro. O dado, considerado uma prévia do PIB calculado pelo IBGE, deve ficar bem perto da estabilidade, podendo crescer até 0,2%.

Este último indicador vai ajudar a fechar uma primeira conta sobre o desempenho da economia no terceiro trimestre do ano. Muitos bancos e consultorias continuam esperando um resultado negativo do PIB para o período – depois dele crescer 1,5% no segundo trimestre.

Mesmo que esse cenário no terceiro trimestre se confirme, a expectativa para o crescimento da atividade este ano sofreu reajustes para cima em função da boa surpresa do segundo trimestre. Mas esse tombo, ainda que esperado, deverá corroborar a trajetória errática que a economia brasileira vem seguindo este ano (vide produção industrial, por exemplo).

Com um olho no peixe e outro no gato, analistas e investidores devem acompanhar com o máximo de atenção a aparição da indicada à presidência do Fed – o BC dos EUA. Janet Yellen será sabatinada pelo senado americano e, como em qualquer manifestação de uma autoridade monetária naquele país, espera-se algum sinal sobre o futuro da condução da política adotada pelo Fed – quando afinal vão começar a retirar os estímulos da economia.

Nesse meio tempo, as batalhas diárias entre governo, investidores, economistas e analistas continuarão a ser travadas. As “vítimas” nessas pequenas e grandes guerrilhas são os ativos negociados no mercado financeiro – os principais, dólar e juros futuros, prometem manter altos e baixos à procura de um “preço” que reflita as expectativas e a visão sobre o futuro do Brasil.

PS: para constar – em entrevista ao jornal “O Globo” neste domingo, 10 de novembro de 2013, o ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que o PIB de 2014 será de 3%, ou até 4% se a economia mundial seguir em recuperação.

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7 Comentários para “Semana mais curta traz prévia do PIB para setembro”

  1. 1
    Guido:

    Sr Ministro, vai depender do tamanho da marolinha, não é mesmo?Qualquer problema chame o nunca antes na história deste país, que ele resolve, afinal o cabra pagou até a dívida com o FMI. Brasileiros aprendam a votar ou estaremos literalmente ralados.FORA PT.

  2. 2
    Adriano Ataide:

    A nova presidência do Fed vira já com um solução e rápida ,o Fed vai cortar !!!! vem o novo indicador de mudança !!!,é certo o novo presidente vem para fazer o que todos já esperam ,é para causar o efeito retomada ,a imagem de nova direcção não pode mudar nada de substancial ,mais passa a imagem do novo !!!!
    E parte da evolução do pais como potencia regional se encontra ai nesta estabilidade por longo tempo ,manter a taxa de juros com a intenção de ir para a normalidade ,para o padrão de juros praticados no mundo .; Esta é a intenção que o governo Brasileiro tem que transparecer ,que estamos a caminhar para a normalidade ,e seguindo valores comuns ,
    não usar praticas para camuflar a economia ,para gerar números esticados pela desvalorização da Moeda Brasileira cada vez que se desvaloriza a moeda a comparação de crescimento sempre cresce ,desvalorizou o PIB cresce ….
    Com a desvalorização da moeda até os $ 2,50 ,vai fazer sim o número crescer o PIB dá até 5% ,e a inflação 12% 15%
    e o juros onde vai para …..Thais um pais tem que está acima de tudo ,hoje o mundo economico já vem substituir a BOLA ,e eu acho que os mercados são fundamentais ,e um governo não pode e nem deve se mondar a empresários os mercados ,um pais é soberano ,e tem que ser soberano sobre os mercados .
    O governo e nem o BC devem agradar mercados ,,,Não temos que desvalorizar moeda para mercados ou mudar juros para mercados ,os mercados que tem que se sujeitar ,ao juros do pais ,a moeda do pais ,não é coreto e nem legitimo usar um bem comum a nossa moeda o cambio da nação deixar todos mais pobres ,para vender mais minérios de ferro,sojá e carne ,vendemos tudo o que produzimos ,praticamos uma politica economia de 3º mundo em um pais extraordinário que é o Brasil …
    Com a moeda desvaloriza tudo vai ficar mais caro aqui mais inflação e nossos produtos e nosso trabalho é desvalirizado nossa renda cai o salario minimo nacional nem passa 250 dólares ,É isto que o Brasil esta fazendo para dar 4% de crescimento ,vai buscar no seu bolso um extra em forma de inflação …..O governor está como um viciado ,e de tão viciado não aguenta para de gastar mais a inflação é um extra que o governo tira do seu bolso um adiantamento de impostos ,o Governo actual vai escravizar o povo Logo o salario minimo já é $$$100 dólares ai quando chegar aos 100 Dólar não adianta chorar mais Thais ,,,ai não adianta mais defender mais nada ,,,
    Mais vai ser muito bom para o Brasil este tombo bater com a bunda no chão ,para a população acordar e crescer e criar novos interesses

  3. 3
    Julianna:

    Tolo com auto-estima é irreversível. ( Georges Najjar Jr – livro desaforismos )

  4. 4
    carlos alexandre dinucci de mello:

    novo artigo sua coluna g1 está ótimo!

  5. 5
    jamil:

    Extraído do seu texto: “Nesse meio tempo, as batalhas diárias entre governo, investidores, economistas e analistas continuarão a ser travadas”. Nesse ponto concordo plenamente com vc. Mas essa guerra de expectativas não está relacionada obrigatoriamente a economia real, e sim a politização do debate econômico no contexto pré-eleitoral. Soma-se aos atores citados (governo, investidores…) os colunistas da “grande imprensa”, tradicionalmente alinhados com o dito “mercado”, cujos interesses muitas vezes se opõem aos dos que vivem na economia real. A guerra de expectativas faz vítimas sim, essa batalha não é uma guerra sem baixas, mas os colunistas, investidores, banqueiros, rentistas, moram bem longe de onde as vítimas sofrem os efeitos.

  6. 6
    Cadu:

    Thaís…com atraso, parabéns pelo novo visual.

    Desculpe repetir.

    RETROSPECTIVA 2013.

    Necessidade de estabilização do juros em 12 a 15%.

    Alto índice de corrupção e impunidade no governo.

    Assistencialismo sem qualquer contraprestação.

    Falência da segurança pública.

    Inoperância do parlamento e intransigência aberrante dos presidentes das respectivas casas.

    Contaminação da Corte Constitucional com a perda da qualidade técnica e “melhora” na qualidade política.

    Obras e investimentos aventureiros sem qualquer planejamento.

    Início da resistência social.

  7. 7
    JORGE ROBERTO DA SILVA:

    A Janet Yellen vai acabar com os estímulos do BC americano e aí
    a gente pobres mortais vai entender que estes estímulos não atrapalham
    em nada a nossa economia, é que essa gente do PT são enrolados
    mesmo.
    gestão é para poucos neste país, precisamos de gestores eficientes.
    Chega de falar em estímulos, tem muito dólar no mundo, só esperando
    bons projetos e regras claras, o governo tem que deixar meter o seu
    dedo em tudo, se cuidar das reformas que tem que fazer este país
    vai dormir emergente e acorda rico, aliás nós sempre fomos ricos,
    o problema é que fomos mau educados.



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