Rio

Garis continuam manifestação na Zona Sul

Funcionários que discordam da posição do sindicato começaram protesto no Centro e seguiram para Ipanema
Grupo não aceitou a proposta feita pela Comlurb para retornar ao trabalho Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo
Grupo não aceitou a proposta feita pela Comlurb para retornar ao trabalho Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo

RIO - Um grupo de garis voltou a realizar protestos nesta terça-feira pelas ruas do Rio. Os funcionários, que discordam da posição do sindicato, continuam a greve e afirmam que só voltarão a trabalhar quando forem recebidos por algum representante da Comlurb ou da prefeitura. A movimentação cruzou a cidade e chegou até Ipanema.

A movimentação começou por volta das 10h no Centro do Rio, quando o grupo dissidente se organizou na Central do Brasil para realização de uma nova assembleia para deliberar sobre o acordo definido entre a Comlurb e o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro. De acordo com os manifestantes que sustentam a greve, o sindicato não os representa para possíveis negociações, negando o acordo feito com a Comlurb.

No início da tarde, cerca de 500 manifestantes, segundo a PM, chegaram a interditar a pista lateral da Avenida Presidente Vargas, sentido Praça da Bandeira. O grupo seguiu em direção à Prefeitura, na expectativa de serem recebidos novamente por alguma autoridade.

A passagem dos manifestantes interditou por pouco mais de uma hora a pista lateral da Avenida Presidente Vargas, sentido Praça da Bandeira, a partir da Central do Brasil. O trânsito apresentou retenções já que a pista central da via, no mesmo sentido, estava fechada por conta das interdições do Carnaval. Em seguida, para diminuir as retenções, a pista central foi temporariamente aberta aos motoristas. Após o termino do protesto, a pista lateral foi reaberta às 13h40.

Por volta das 15h, cerca de 150 garis seguiram para Ipanema de metrô. Eles embarcaram na Estação Cidade Nova de maneira pacífica e se dirigiram até a General Osório. Já na Zona Sul, os manifestantes seguiram para a Avenida Vieira Souto, próximo a concentração da Banda de Ipanema. Com muitos gritos e apitaços, muito foliões que curtiam o carnaval seguiram a manifestação, enquanto outros sequer entendiam o que estava ocorrendo.

O protesto interditou a Avenida Vieira Souto, pista junto aos edifícios, que estava operando com mão inverdita para Copacabana devido ao feriado. A pista próxima ao mar permaneceu fechada durante todo o dia por conta da área de lazer. A CET-Rio não reabriu a via mesmo após o término da manifestação porque estava previsto o fechamento da mesma para a passagem da Banda de Ipanema. A Avenida Delfim Moreira, no Leblon, também foi fechada no trecho da Avenida Borges de Medeiros, mas foi liberada por volta de 17h50.

Na manhã desta terça-feira, a Comlurb informou, por meio de nota, que iniciou o processo de demissão de cerca de 300 funcionários que não compareceram ao turno da noite desta segunda-feira. Segundo a empresa, a decisão está prevista no acordo feito entre a companhia e o sindicato que representa a categoria na tarde da última segunda-feira. Alguns manifestantes começaram a ser informados oficialmente sobre a demissão. O documento informa que o funcionário deve comparecer no próximo dia 6, às 10h, na sede da Comlurb na Tijuca para reincidir o contrato devido às 'faltas injustificadas por conta da ilegalidade da greve, segundo decisão da Justiça do Trabalho'.