Ronaldinho Gaúcho briga com a marcação do Nacional-COL no Atanasio Girardot (Foto: EFE)Parecia que Ronaldinho Gaúcho, enfim, havia estreado na
temporada. O jogo começou com ele fazendo o que mais sabe: dando show. Não
somente com dribles desconcertantes, ao tirar dois defensores numa só jogada,
mas dando passes precisos para os atacantes Fernandinho e Diego Tardelli, que estão devendo
este ano.
O craque era ovacionado por todas as partes do campo.
Bastava chegar em um lado do gramado para cobrar escanteio, e a multidão da
parte da arquibancada mais próxima ao jogador se levantava e o aplaudia de pé.
O carinho dos colombianos
beirava o exagero. Já na entrada dos dois times em campo, a torcida do
Nacional-COL gritou o nome do jogador após gritar o nome de cada atleta da
equipe colombiana. R10 por sua vez não se fez de rogado e, enquanto o time
atleticano se agrupava para o último grito de guerra e orientações, foi ao
outro lado do campo saudar a torcida rival. Nas arquibancadas, as luzes das
câmeras fotográficas se misturavam com os balões e as faixas verde e brancas,
cores do time da casa.
Em campo, Ronaldinho mostrou desde o primeiro minuto que
queria voltar a decidir, a jogar bem, a ser novamente a referência não só como
imagem, mas como jogador campeão da Libertadores pelo Atlético-MG.
A vontade demonstrada a cada lance explicitava isso. O
tradicional lançamento com a cara virada para o outro lado da direção do passe
foi o primeiro lance de efeito que brindou os colombianos. A cada toque e
drible, ouvia-se um ‘oh’ meio que baixo, mas que dentro de cada torcedor no
estádio Atanasio Girardot era muito alto por conta da possibilidade de ver de
perto um atleta eleito duas vezes o melhor jogador do planeta.
Mas no segundo tempo, Ronaldinho sentiu o cansaço, assim
como a equipe. Dos jogos em sequência e da viagem longa. R10 passou a ser
marcado de perto e perdia a maioria das divididas. Viu as
brilhantes defesas de Victor, que não evitaram a derrota
no final após belo chute de Cárdenas.
Se não foi regular durante
toda a partida. Os primeiros 45 minutos de Ronaldinho Gaúcho servem como
alento para a sequência do Atlético-MG na temporada. R10 terá a chance de
voltar a ser regular na partida de volta, no dia 1º, no Independência, em Belo
Horizonte. O Galo precisa vencer por dois gols de diferença para passar às
quartas de final.
Torcedores do Galo levam faixa para R10: "O melhor de todos os tempos" (Foto: Fernando Martins)
