Em novembro, 63,2% das famílias brasileiras relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro, mais que o percentual de 62,1% registrados em outubro.
O índice também foi maior que o marcado em novembro de 2012, de 59%, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta terça-feira (26) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Já o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso recuou na comparação mensal, passando de 21,6% para 21,2%, e avançou em relação a novembro de 2012, quando o indicador marcou 21%.
O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, mantendo-se inadimplentes, recuou nas comparações mensal e anual: 6,6% em novembro, ante 7,3% em outubro e 6,8% em novembro de 2012.
Segundo Marianne Hanson, economista da CNC, mesmo com a alta do endividamento, os indicadores de inadimplência diminuíram em novembro.
“O efeito sazonal dos ganhos com o décimo terceiro salário pode ter influenciado esse resultado. Houve também melhora na percepção das famílias em relação à sua capacidade de pagar seus débitos em atraso. Na comparação anual, a melhora no perfil de endividamento tem proporcionado alta apenas discreta nos indicadores de inadimplência, apesar do maior nível de endividamento observado neste ano”, disse Marianne.