O mercado acionário brasileiro inicia em baixa esta terça-feira (26), ampliando a perda de 1 % do dia anterior, guiado pelas preferenciais da Petobras, após notícia de que a presidente Dilma Rousseff resiste a uma fórmula de reajuste automático para combustíveis.
Às 16h20, o Ibovespa tinha variação negativa de 1,23%, a 51.623 pontos. Veja cotação
As ações da Petrobras lideravam as perdas por volta do mesmo horário, com desvalorização de mais de 5%.
As ações preferenciais e ordinárias da estatal acentuaram movimento de baixa exibido pela manhã após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dizer que um mecanismo para os reajustes dos combustíveis não pode ser de "improviso", tampouco inflacionário.
O governo tem sinalizado uma resistência à metodologia de reajuste apresentada pela diretoria da Petrobras. O assunto voltou à tona nesta terça-feira com o jornal "Folha de S. Paulo afirmando que o governo está disposto a conceder um reajuste para gasolina e diesel neste ano, mas que prefere deixar para 2014 a aprovação de um mecanismo para o reajuste automático.
Uma reunião do Conselho de Administração da estatal paraanalisar o tema, que já foi adiada em uma semana, está programada para a próxima sexta-feira.
No outro sentido, papéis de bancos apareciam entre as principais altas, depois de ajudarem a puxar o mercado para baixo na segunda-feira.
O setor sofreu na véspera com temores de que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a correção da poupança com planos econômicos passados possa trazer um impacto sistêmico, sobretudo a instituições financeiras com grandes depósitos.
"Muita gente acha que isso (o julgamento) vai acabar ficando para o ano que vem, então o setor está corrigindo a perda de ontem", afirmou à Reuters o operador de renda variável Luiz RobertoMonteiro, da Renascença Corretora.