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STJD julga o Paraná Clube nesta sexta-feira por crime de racismo

Clube é acusado após jogador do São Bernardo ter sido chamado de "macaco" por torcedores no dia 10 de abril, na Vila Capanema, pela Copa do Brasil

Por Curitiba

Jogador do São Bernardo preta queixa contra torcedor do Paraná (Foto: Jairo Nascimento)DEMAFE espera encontrar suspeito até a próxima sexta-feira (Foto: Jairo Nascimento)

O Paraná será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelo crime de injúria racial contra o volante Marino, do São Bernardo, nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro. O jogador foi chamado de "macaco" por dois torcedores do Tricolor, em jogo pela Copa do Brasil (vitória do Paraná por 3 a 1), no dia 10 de abril, na Vila Capanema, em Curitiba.

O Paraná Clube foi denunciado pelo procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, no artigo 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. A punição prevê pagamento de multa de até R$ 100 mil. O clube, a princípio, não deve se enquadrar em um pena maior como perda de pontos ou até exclusão da competição, pois o artigo prevê que a descriminação precisa ser  "praticada simultaneamente por considerável número de pessoas". No entanto, o ‘número considerável de pessoas”, depende da interpretação do juiz. 

Além do julgamento na esfera desportiva, o crime é investigado na âmbito criminal pela Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol (DEMAFE). Segundo o delegado Clóvis Galvão, o inquérito continua aberto e os suspeitos ainda não foram identificados. 

- Eu acho que até o final dessa semana, nós chegamos em um dos suspeitos, o que pode ajudar o Paraná nos tribunais. Temos imagens de uma emissora de tevê, da câmera de segurança do estádio e relatos do segurança do Paraná que presenciou todo o ocorrido. Estamos trabalhando para encontra-lo. Hoje (terça-feira), por exemplo, andei por toda a Vila Capanema procurando o sujeito - declarou o delegado. 

Segundo o advogado do clube, Itamar Cortes, a estratégia de defesa se concentra em identificar o suspeito, para que a pena seja transferida para o torcedor que praticou o racismo. 

- Estamos lutando contra o tempo para identificarmos o suspeito, pois isso irá nos ajudar muito. Esperamos que a DEMAFE o encontre o quanto antes. Mas, caso isso não ocorra, nossa estratégia de defesa está em mostrar que este foi um caso isolado e de que maneira nenhuma este fato demonstra a opinião de toda a torcida - explicou o advogado do Tricolor. 

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