Durval
e título. De tão ligadas, não seria exagero se as palavras fossem
consideradas sinônimos nos próximos dicionários. Afinal de
contas, nesta quarta-feira, ao superar o Náutico, marcando o gol da vitória do Sport, o zagueiro de 33
anos conquistou nada menos que o seu 18º troféu, o sétimo com a
camisa do Sport. O sucesso, porém, parece não mexer com o ego do
capitão rubro-negro. Sujeito de poucas palavras - quase nenhuma,
diga-se - o defensor prefere dividir os méritos com os
companheiros e atribui as conquistas à seriedade com que encara a
profissão.
-
Todo lugar em que eu cheguei encontrei um grupo sério e com vontade de
trabalhar. Foi assim também no Sport. Tenho tido sucesso aqui,
porque o grupo vem mostrando determinação dentro de campo. Sem
isso, não tínhamos conseguido. Mas fico muito feliz pelo momento
que estamos vivendo.
Um
dos jogadores mais experientes do elenco, Durval elegeu Magrão, com
quem compartilhou a campanha que culminou na conquista da Copa do
Brasil 2008, como uma peça fundamental para que o grupo voltasse a
ter confiança, após três temporadas sem títulos.
-
Quando cheguei, encontrei Magrão e alguns jogadores experientes e
isso ajudou muito o pessoal mais novo. Falamos da importância das
conquistas e conseguimos passar isso para o grupo. Acredito que isso
também tenha ajudado, principalmente os mais novos.
Sério
até mesmo nos momentos de comemoração, Durval parece imune ao
estrelato. Mesmo com a segunda conquista da temporada, apenas
quatro meses após o seu retorno ao clube, o capitão ainda enxerga
pontos que precisam ser melhorados na equipe.
-
Ainda precisamos melhorar algumas coisas. A questão de grupo,
entrosamento, essas coisas. Mas acredito que, aos poucos, vamos
conseguir. Voltamos a vencer, mas não podemos achar que tudo está
tudo bem. Temos que seguir melhorando, pois a temporada é difícil.
Ponto de referência no sistema defensivo do Sport, Durval
guardou para a final uma pequena demonstração das habilidades que costuma
mostrar nos recreativos, quando costuma atuar como centroavante. Autor do gol
que garantiu o título, o primeiro após o retorno ao rubro-negro, o camisa 4
acredita que leva sorte contra o Timbu.
- Fazia tempo que eu não marcava gols, nem me lembro. Mas
tive a felicidade para marcar o gol. Tenho um bom retrospecto contra eles. Acho
que fiz uns seis ou sete gols contra eles. Fiz mais um hoje.