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Familiares e alvinegros velam o ídolo Nilton Santos em General Severiano

Enciclopédia recebe homenagens na sede do clube alvinegro, na Zona Sul do Rio, e será enterrado nesta quinta-feira às 16h, no cemitério São João Batista, em Botafogo

Por Rio de Janeiro

As portas do Salão Nobre do Botafogo receberam às 20h15m desta quarta-feira pela última vez um dos maiores ídolos do clube, Nilton Santos, que morreu esta tarde aos 88 anos após uma infecção pulmonar e uma longa luta contra o mal de Alzheimer. Ele estava internado desde sábado à noite na Fundação Bela Lopes, no Rio de Janeiro (veja vídeo especial sobre o ídolo).

O corpo da Enciclopédia do Futebol foi carregado para dentro de General Severiano ao som do hino do clube e coberto pela bandeira com a Estrela Solitária. Parentes, amigos e torcedores velam Nilton Santos até 0h. Depois, as portas serão reabertas às 7h. O ex-lateral-esquerdo deixa a sede alvinegra às 15h e vai para o cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio, onde será enterrado. 

Velório Nilton Santos Botafogo (Foto: Fred Huber)O caixão com o corpo de Nilton Santos no Salão Nobre do Botafogo (Foto: Fred Huber)

O momento de abertura do caixão foi de grande emoção. Muitos torcedores se aproximaram do ídolo, cada um a seu modo, para prestar uma homenagem ou apenas para olhar. O vice de futebol Chico Fonseca disse que a história de Nilton Santos se confunde com a do Botafogo.

- Hoje é um dia triste para o clube. O Nilton Santos e o Botafogo se confundem, são uma coisa só. A história dele ficará eternizada.

Ex-companheiros da Enciclopédia também foram a velório homenagear o amigo, como Djalma, que conheceu Nilton Santos em 1947 no Botafogo, e o ex-goleiro Adalberto, campeão carioca em 1957.

- Além de um grande jogador, era um grande amigo e uma grande pessoa. Fizemos muitas viagens juntos pelo clube. O ruim de viver muito é ver amigos assim indo embora. O Nilton Santos amava tanto o Botafogo que jogaria de graça pelo clube - disse Djalma.

Nilton Santos vivia em uma clínica no Rio e regularmente era visitado por pessoas do clube. Um costume era levar as taças conquistadas pelo time para ele abençoar. Um dos prazeres no fim da vida o craque era sair da clínica para almoçar, e na sobremesa tomar sorvete de flocos.

O presidente Maurício Assumpção não pôde comparecer ao evento porque embarcou nesta quarta para a Suíça, onde participa de uma reunião na Fifa. Alguns jogadores alvinegros, como Rafael Marques e o volante Gabriel, se manifestaram através das redes sociais para deixar uma homenagem ao ídolo do Botafogo.