O rendimento médio real por hora de trabalho de domésticas com carteira assinada e de diaristas da Região Metropolitana de São Paulo registrou a maior alta em 17 anos em 2013, aponta estudo divulgado nesta quinta-feira (24) pela Fundação Seade. As altas sobre 2012 foram de 9,7% e 10,5%, respectivamente, para R$ 6,15 e R$ 7,55, aponta.
Os aumentos, realizados no salário mínimo e no piso regional paulista aplicável para a ocupação, podem ser explicados, entre outras razões, pela redução da oferta de trabalhadoras e maior poder de negociação, de acordo com a divulfação.
No caso de domesticas mensalistas sem carteira assinada a alta foi menor, de 3,8%, passando a equivaler a apenas R$ 4,60 por hora.
Em 2013, a participação dos serviços domésticos no total dos ocupados na região era de 6,7%, sendo que as mulheres representavam 96,1% dos ocupados no segmento, cerca de 625 mil trabalhadoras, diz.
Formalização
O estudo também mostra o emprego doméstico acompanhou o movimento de formalização das ocupações em geral, observando-se maior concentração de mensalistas com carteira de trabalho assinada (38,6%) do que sem carteira (23,3%).
Porém, a ampliação gradativa da participação de diaristas se intensificou em 2013, passando para 38,1% do total, única posição a apresentar crescimento, que foi de 3 pontos porcentuais.
O estudo foi realizado a partir das informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), com dados sobre forma de contratação, atributos pessoais, jornada média de trabalho, região de moradia e de trabalho, contribuição para a Previdência Social e rendimento médio real por hora.