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Fratus evita comparação com Cielo: "Nos EUA, ele não é a referência"

Morando em Auburn (EUA), onde Cielo fez história, Bruno Fratus tem o 2º tempo do ano no mundo em 2014 mas não quer falar em rivalidade interna

Por São Paulo

Bruno Fratus "persegue" Cesar Cielo há alguns anos nos 50m livre. Em 2011, Cielo foi campeão mundial e Bruno ficou em quinto lugar. No ano seguinte, nos Jogos Olímpicos de Londres, Cesar foi medalha de bronze, e Fratus, quarto colocado. Na última quarta-feira, no Troféu Maria Lenk, em São Paulo, Cielo fez o melhor tempo do mundo em 2014, e Fratus chegou colado, seis centésimos atrás (21s39 x 21s45) - agora é vice-líder do ranking mundial.

Bruno Fratus (Foto: Ricardo Bufolin/ECP)Bruno Fratus comemora marca nos 50m livre (Foto: Ricardo Bufolin/ECP)

Depois de passar um 2013 se recuperando de uma cirurgia no ombro, Bruno se mudou para os Estados Unidos e foi treinar em Auburn, mesma cidade em que Cesar Cielo brilhou em 2007 e 2008, época em que foi campeão olímpico. O número 2 do mundo conta que Cielo foi somente um dos atletas que fez história por lá:

- Lá em Auburn, tem uma parede mais de 100 nomes de atletas que se destacaram, são dezenas de campeões olímpicos. O Cesar é um dos destaques, mas não é a grande referência por lá. Não existe uma comparação entre mim e o Cielo - garantiu Fratus

Bruno não quer uma rivalidade com Cesar Cielo e sim uma união entre os dois. Para ele, se um ajudar o outro, a natação brasileira só tem a ganhar:

- Nós precisamos trabalhar juntos, somos os mais rápidos do mundo. Somos inteligentes o bastante para trabalharmos juntos. A rivalidade existe, claro, se não não seríamos tão bons, mas queremos um ajudar o outro pois eu quero bater na frente dele, mas quero que ele nade mais rápido para eu precisar ser melhor ainda para vencê-lo - diz Fratus.

A ideia de morar em Auburn veio no segundo semestre do ano passado, depois de tentar passar uma temporada na Itália. Nos Estados Unidos, Fratus encontrou tudo que queria:

- Fui atrás de um lugar que me faça nadar mais rápido e de ter uma melhor qualidade de vida. Achei tudo isso por lá, O pessoal é incrível, nos damos muito bem, como uma família.

O grande desafio de Bruno no ano é o Torneio Pan-Pacífico, que será disputado na Austrália e reunirá algumas das melhores equipes do mundo, como os Estados Unidos, o Japão, a China e os próprios australianos.