Economia

Índice de Confiança do Comércio cai 5,2% em novembro, aponta FGV

Na análise por segmentos, houve queda de confiança em praticamente todos

rio - A confiança dos empresários do comércio continuou a se deteriorar em novembro, uma piora determinada mais pelas condições atuais que pelas perspectivas futuras dos negócios, de acordo com a "Sondagem do Comércio", divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

O Índice de Confiança do Comércio calculado pela FGV recuou 5,2% no trimestre encerrado este mês, ante o mesmo período do ano passado. Essa queda é maior que a registrada no trimestre encerrado em setembro (3,6%) e em outubro (3,9%). Mas a abertura dos dados mostra tendências distintas entre os diferentes quesitos da pesquisa. Em relação ao momento presente, as avaliações mostraram-se menos favoráveis pelo terceiro mês consecutivo.

Nas expectativas para o futuro próximo houve melhora da confiança, seguindo tendência esboçada em outubro. Para a FGV, o resultado geral da pesquisa sugere um enfraquecimento gradual do ritmo de atividade do comércio na passagem do terceiro para o quarto trimestre e perspectivas mais favoráveis, de aceleração, na virada do ano.

Sub-índices

A variação interanual trimestral do Índice de Situação Atual passou de queda de 5,6% no trimestre encerrado em outubro para recuo de 9,8% em novembro. Na média do trimestre, 17,7% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 19,2%, como fraca. No mesmo período de 2012, estes percentuais haviam sido de 24,8% e 15,6%, respectivamente.

Já o Índice de Expectativas teve queda menos intensa, de 2,1% no trimestre encerrado em novembro, ante recuo de 2,9% em outubro. O otimismo em relação às vendas nos três meses seguintes foi o que mais contribuiu para essa melhora ao passar de uma variação de -2,9% para -2,0%. Já a taxa de variação do indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes passou de -2,9% para -2,2%, no mesmo período.

Segmentos

Na análise por segmentos, houve queda de confiança em praticamente todos. No varejo restrito, que não leva em conta vendas de veículos e materiais de construção, o índice de confiança recuou 5% no trimestre encerrado em novembro, ante o mesmo período do ano passado.

No varejo ampliado, que agrega aqueles dois segmentos, o recuo foi de 4,4%. No atacado, a queda foi maior, de 6,9%.No ramo de vendas de veículos, motos e peças a confiança cedeu 4,6%. Já o de material para construção apresentou o único resultado positivo da pesquisa, com alta de 0,4%.