RIO - O número de processos de abertura de capital cancelados caiu 45% este ano, em relação a 2012, de 213 para 142, segundo dados divulgados pela Thomson Reuters nesta sexta-feira. O montante envolvido nas negociações que não ocorreram também recuou, passando de US$ 11,3 bilhões em 2012 para US$ 7,8 bilhões (-31%).
A maioria dos cancelamentos (57) partiu da região das Américas, seguida da Ásia (27) e Europa (13). Entre os dez maiores IPOs cancelados, há três da China (sendo um em Hong Kong), dois dos EUA e um do Brasil.
Na segunda colocação do ranking, com US$ 3,41 bilhões, está o processo da Votorantim Cimentos, protocolado na Bolsa de Nova York (Nyse) em 17 de abril e retirado em 12 de agosto. Perde somente para o da corretora imobiliária Archstone, de US$ 3,45 bilhões.
Caso não haja mais cancelamentos, o resultado ficará próximo do registrado em 2009 - que, apesar de ser considerado o auge da crise econômica mundial, teve menos cancelamentos do que os últimos três anos (2010, 2011 e 2012).
Em 2007, foram 145 processos cancelados, no valor de US$ 6,6 bilhões. No ano seguinte, quando a crise começou, houve alta de 47% no número de cancleamentos, para 213, e de 53% no valor, para US$ 10,1 bilhões. Em 2009, os cancelamentos recuaram para 152 (US$ 7,6 bi), mas praticamente dobraram de valor em 2010 (US$ 14,2 bi), com 225 desistências. Os números de 2011 e 2012 ficaram próximos, com 252 cancelamentos (US$ 11 bi) e 255 (US$ 11,2 bi), respectivamente.