21/03/2013 20h45 - Atualizado em 21/03/2013 20h52

Condomínio do 'Minha Casa, Minha Vida' fica inundado em Caxias, no RJ

Construção abriga moradores que foram removidos de áreas de risco.
Temporal deixou imóveis alagados e 70 famílias já deixaram o local.

Do G1 Rio

Moradores que foram retirados de áreas de risco em Duque de Caxias, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e financiaram residências pelo programa "Minha Casa, Minha Vida", à procura de segurança, estão novamente ameaçados. Os condomínios Santa Lúcia e Santa Helena, construídos sob o programa do Governo Federal no distrito de Santa Cruz da Serra, enfrentam problemas desde o temporal da semana passada, quando a água invadiu as casas, conforme mostrou o RJTV nesta quinta-feira (21).

Alguns moradores deixaram as novas residências, depois que tiveram móveis perdidos e o estacionamento do condomínio virou um depósito de lixo. Este é o caso de pelo menos 70 famílias. Já outros, não saem porque não tem para onde ir. No total, são 389 casas que foram erguidas pela Engepassos Construtora Ltda.

As casas foram construídas a 500 metros do Rio Saracuruna, que alaga quando chove forte. Nesta quinta, os moradores jogavam no lixo colchões, móveis e roupas. Eles receberam kits de limpeza da prefeitura, mas em muitas casas faltava água.

Algumas casas apresentam rachaduras. Segundo o síndico do condomínio, todos pagam pelas moradias, financiadas por 10 anos. O projeto todo saiu por R$ 17,5 milhões, segundo a Caixa Econômica Federal, que financiou a obra. A empreiteira responsável, a Engepassos Construtora Ltda, está em recuperação judicial. A Caixa informou que a área recebeu as licenças ambientais e o habite-se da prefeitura.

Em Caxias, o novo prefeito, Alexandre Cardoso, que assumiu no início do ano, vai investigar se o terreno é uma área de risco.

Vítimas do Bumba também sofrem
Outro conjunto habitacional, em Niterói, que receberia vítimas do deslizamento no Morro do Bumba, em 2010, também está com problemas, como mostrou o RJTV nesta quarta (20). Dois dos 11 prédios, também financiados pelo "Minha Casa Minha Vida", terão que ser demolidos.

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