09/10/2015 19h51 - Atualizado em 09/10/2015 20h23

Dilma diz que Brasil busca formas de abrir economia para o resto do mundo

Presidente foi à Colômbia nesta sexta para visita de Estado ao país vizinho.
'Brasil é uma economia muito fechada', disse Dilma a empresários.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (9) que o Brasil é uma "economia muito fechada" e que o governo brasileiro busca formas de atrair investimentos estrangeiros. Dilma discursou a uma plateia de empresários em Bogotá, capital da Colômbia, durante visita de Estado ao país vizinho.

Nesta sexta, Dilma cumpriu uma série de compromissos oficiais na Colômbia. Na viagem, representantes dos governos brasileiro e colombiano assinaram oito acordos de cooperação em áreas como comércio, tecnologia da informação, pesquisa e desenvolvimento agrário.

"O Brasil é uma economia muito fechada e ainda estamos olhando uma forma de abrir a economia brasileira para o resto do mundo", disse a presidente.

"O mundo passa por grande dificuldade com a reduçao do crescimento da China e o fim do superciclo das commodities. Essas crises ou dificuldades são muito dolorosas, para que a gente não as desperdice. Nós não podemos deperdiçá-las. E isso significa construir condições para, não só retomar o crescimento, mas para conseguirmos crescimento mais robusto e mais ancorado no longo prazo", complementou.

 

Mais cedo, a presidente já havia se reunido com outros empresários e participou de sessão solene da Corte Suprema de Justiça da Colômbia. Ela também se reuniu com os presidentes das casas legislativas no Congresso da República.

Durante o discurso, Dilma convidou empresários estrangeiros a "investir ainda mais" no Brasil. "Temos dois grandes projetos em andamento: o de concessão em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos; e outro programa na area de energia elétrica, licitações na área de hdirelétricas, eólicas e energia solar", disse.

Ao longo de seu discurso, com cerca de 30 minutos de duração, a presidente afirmou que o Brasil e a Colômbia enfrentam "todas as dificuldades" geradas a partir da crise de 2008 e que o governo brasileiro tentou evitar "de todas as maneiras" que os efeitos resultassem em redução do emprego e da renda.

A petista ressaltou que, nos últimos anos, o governo reduziu impostos, aumentou a capacidade de financiamento dos bancos e adotou conjunto de medidas a fim de assegurar o desenvolvimento na cadeia produtiva.

"Agora temos de voltar a perseguir o reequilíbrio fiscal e essa meta, que é a meta que nós temos de perseguir, envolve estabilidade fiscal, redução da inflação. [...] Nós teremos de aproveitar certas oportunidades para construir reformas mais estruturantes, que elevem a produtividade da economia e nos permitam saltar de patamar", declarou.

Dilma frisou que o país passa por "dificuldades" no cenário econômico, mas afirmou que, apesar de não conseguir manter o mesmo nível de políticas contra os efeitos da crise que em anos anteriores, o governo enfrenta o "desafio" de, ao mesmo tempo, garantir o reequilíbrio fiscal e o controle da inflação.

A presidente também afirmou que, mesmo com as "turbulências e volatilidades" do cenário internacional, o governo brasileiro manteve nos últimos anos os "fundamentos" das conquistas sociais dos últimos anos.

"Nós mantivemos todos os programas sociais fundamentais e isso significa que oportunidades de negócio existem no Brasil", acrescentou.

Reforma ministerial
Dilma também dedicou parte do discurso para defender a reforma administrativa anunciada na semana passada - oito dos 39 ministérios foram cortados, 30 secretarias foram extintas e 3 mil cargos comissionados, eliminados.

"Estamos fazendo uma reforma do Estado brasileiro, fazendo uma redução do Estado no Brasil, e é isso que eu chamo de tentar utilizar a crise como uma oportunidade que você não pode desperdiçar, até porque ela é muito dolorosa", disse.

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