Política

Caso Bernardo: Assistente social diz que recebeu dinheiro para ajudar no crime

Sigilo bancário foi solicitado para ver envolvimento do casal

Pai, madrasta e assistente social são suspeitos na morte de Bernardo, de 11 anos
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Foto: Reprodução/RBS TV
Pai, madrasta e assistente social são suspeitos na morte de Bernardo, de 11 anos Foto: Foto: Reprodução/RBS TV

RIO - Investigações nas contas bancárias dos três suspeitos na morte de Bernardo Boldrini, de 11 anos, estão sendo feitas para provar que a assistente social Edelvânia Wirganovicz auxiliou a madrasta da criança, Graciele Ugliani, a matar Bernardo. Edelvânia admitiu, em depoimento, que ajudou no assassinato em troca de dinheiro prometido por Graciele para pagar uma dívida que contraiu para comprar um apartamento. As informações são do jornal “Zero Hora”. Ainda, segundo o depoimento, ela já tinha recebido R$ 6 mil adiantados de um total de R$ 20 mil. Mas a polícia investiga a informação de que lhes foram prometidos R$ 96 mil.

A polícia desconfiava que o pai do garoto, o médico Leandro Boldrini, sabia do plano mas a hipótese perdeu força com o depoimento de Edelvânia negando a participação de Leandro.

– O Leandro não sabe, mas no futuro vai dar graças por se livrar do incômodo.

A investigação não descarta a possibilidade de Leandro ter ajudado a ocultar o crime quando soube, mesmo sem o ter planejado. O médico, no dia da morte, estava trabalhando em uma clínica particular e em um hospital da região. O ‘Fantástico’ exibiu um vídeo em que o médico aparece em uma pizzaria para procurar o filho no dia 6.

— Ele chegou e perguntou: ‘Onde está o guri?’. Eu respondi: ‘Não sei do teu guri’. Ele não estava nervoso, nem um pouco — contou o dono da pizzaria.

A quebra de sigilo das contas do casal foi solicitada para ver possíveis envolvimentos de ambos no caso.

– Se uma quantia próxima a R$ 96 mil ou uma grande quantia saiu da conta de Boldrini nos dias subsequentes ao assassinato do filho dele, pode significar que ele passou o dinheiro prometido a Edelvânia.

Dos R$ 96 mil que teriam sido prometidos para Edelvânia, a assistente social só recebeu uma parte. No dia da morte de Bernardo, Edelvânia e Graciele foram até a clínica de Leandro. Os policiais acreditam que esta visita pode ter sido uma cobrança pelo dinheiro prometido.