Economia

Resultado de Dilma só supera Collor e Floriano Peixoto

Economia brasileira cresce em média 2,1% ao ano

RIO - Apesar da ajuda que obteve com a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013, com a inclusão de novos dados industriais, a média de crescimento da economia na gestão de Dilma Rousseff é a pior desde o governo Collor e fica na lanterna do ranking de todos os presidentes do país.

A revisão elevou a média anual de crescimento do PIB de Dilma de 2,0% para 2,1%, segundo cálculos do professor Reinaldo Gonçalves, da UFRJ. Mas o resultado da petista é inferior à média dos oito anos de Lula (4,0%), dos oito anos de Fernando Henrique Cardoso (2,3%) e dos dois anos de Itamar Franco (5,0%).

Só supera o resultado de Collor, cuja média de seus dois anos ficou em recessão de 1,3% no período. O resultado também é menor que a média da história republicana no Brasil: 4,4% ao ano, em média, desde Deodoro da Fonseca, em 1889.

Com 2,1% no acumulado na nova série do IBGE, Dilma empata com o governo de Venceslau Brás (1914-1918) em 27º na lista dos 30 mandatos presidenciais do país, segundo o professor. Ela só superaria o resultado de Collor e Floriano Peixoto (que governou de 1891 a 1894 e registrou, em média queda do PIB de 7,5% por ano de seu mandato).

Com 2014 fraco, número cai

Levando em conta a previsão da pesquisa Focus para 2014, com a qual o Banco Central apura as expectativas dos agentes do mercado econômico, o resultado de Dilma não melhora muito.

Se o país realmente crescer 1,63% neste ano como os economistas estimam, a média de Dilma ficará em 2,0%. E, com esse resultado, ela não altera posições no ranking econômico dos presidentes recentes e deixaria de empatar com Floriano Peixoto, ficando sozinha na 28ª posição da lista de 30 mandatos presidenciais.

Mas alguns economistas esperam que o PIB suba neste ano apenas 1%, o que pode diminuir a média da petista — sem, contudo, levar a média para a recessão, ou seja, sem ser “ultrapassada” por Collor.