Após dizer que poderia ter sido “capitão da Inglaterra
por 10 anos se fosse branco” em sua biografia, o ex-zagueiro Sol Campbell voltou a falar sobre
racismo no futebol britânico. Na abertura de um evento em Londres, nesta segunda-feira, ele reclamou da postura de outros atletas negros no país.
- Eles estão vendo o que está acontecendo ao redor deles
e não fazem nada sobre isso. Eles amam o ficar no mesmo status quo. Eles só querem andar na linha. É aquele caso: “Se estou
bem, não me importo com quem está vindo atrás de mim". Bem, eu não sou
assim e nunca serei assim, vou ser eu mesmo.
A declaração de Campbell acontece dois dias depois de o presidente
da Federação Inglesa de Futebol (FA, na sigla em inglês), Greg Dyke, reacender o
tema do racismo no esporte ao afirmar que a entidade precisa de mudanças. Em
uma mensagem divulgada neste sábado, reclamou do alto número de homens e
brancos na FA.
- Se vocês observarem quem torce e quem joga futebol e depois
olhar o conselho da FA, ela não os representa. Ela ainda é
esmagadoramente masculina e esmagadoramente branca em um mundo que não é
esmagadoramente masculino e esmagadoramente branco, e de alguma forma isso tem
que mudar. Temos que tentar mudar isso, mas não estamos sozinhos, os torcedores
têm que tentar mudar isso também – disse Greg Dyke.
Campbell viu com bons olhos as propostas de mudanças na Federação
Inglesa de Futebol.
- Eu sei que alguns dirigentes estão tentando mudar a
forma de pensar da FA em determinadas maneiras.