Edição do dia 03/06/2014

03/06/2014 14h29 - Atualizado em 03/06/2014 14h29

Publicitário confessa ter matado e esquartejado zelador em SP

Eduardo Martins e sua mulher vão cumprir prisão temporária de 20 dias.
O zelador Jezi Lopes de Souza teria sido assassinado após uma discussão.

César GalvãoSão Paulo

O publicitário Eduardo Pinto Martins e a mulher dele, Ieda Cristina Martins, serão transferidos, nesta terça-feira (3), para a carceragem onde vão cumprir prisão temporária de 20 dias, em São Paulo. Eduardo confessou que matou e esquartejou o zelador Jezi Lopes de Souza.

Segundo a investigação, o zelador foi assassinado atrás da porta do apartamento 111, onde mora o casal. Na tarde de sexta-feira (30), ele entregou cartas em dez andares e, para a polícia, saiu do elevador no 11º andar às 15h35. A porta do 111 foi a última em que ele bateu.

De acordo com o depoimento de Eduardo, ao entrar para entregar correspondências, eles discutiram e Jezi teria batido a cabeça no batente da porta. Porém, após achar um revólver com marcas de sangue, a polícia suspeita que Jezi pode ter levado coronhadas na cabeça. A arma estava dentro da mochila que Eduardo carregava.

“Ele brigava por coisas pequenas com meu pai e ofendia, julgava o trabalho do meu pai. Falou que mataria meu pai uma vez”, conta Sheyla Viana Sousa, filha de Jezi.

A câmera do elevador registrou os passos da família: às 17h50, Ieda entrou no elevador com o filho e saiu. Em seguida, falou pelo interfone. Quatro minutos depois, Eduardo entrou no elevador, primeiro, com um saco grande, com roupas, e uma mala, com o corpo do zelador. O casal passou o resto da sexta-feira fora do prédio e só voltou no sábado, com as mesmas roupas que usavam no dia anterior.

“Em um primeiro momento, eu acredito que ela não tenha participado do homicídio, mas sim da ocultação de cadáver. Com relação a ele, certeza absoluta, confessou”, afirma o delegado Ismael Rodrigues.

Ieda e o publicitário receberam o advogado Roberto Guastelli na carceragem. Na saída, o advogado disse que ela estava trabalhando quando o zelador foi assassinado: “Ela passou a tarde trabalhando. O Eduardo ligou pra ela por volta de 16h30, falando que estava passando mal. Mal estar desse problema que aconteceu do crime, mas ela não desconfiou”.

A filha do zelador conta o carinho que tinha pelo pai: “Me ensinou tudo de bom que sempre teve do meu lado. Era tudo pra mim. Perdi a pessoa que mais amava na minha vida da pior forma”.