• Edson Caldas
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Réplica (Foto: Divulgação/Los Alamos National Laboratory)

Réplica (Foto: Divulgação/Los Alamos National Laboratory)

Uma equipe de bioengenheiros de diversas instituições anunciou que está prestes a criar uma réplica de ser humano com quatro órgãos. No entanto, a iniciativa não tem nada a ver com possíveis candidatos de um transplante — o objetivo é testar drogas.

Segundo informações da Wired, grande parte do trabalho vem sendo feito por meio de impressões 3D. Os pesquisadores estão tentando desenvolver um humano conectado apenas aos rins, pulmões, fígado e coração. O projeto de cinco anos vai custar US$ 19 milhões.

Os órgãos, noticiou o Verge, são aproximadamente do tamanho da tela de smartphones, mas funcionam como se fossem de verdade. A equipe planeja um dia poder expandir os trabalhos para todos os vasos e tecidos, fazendo com que a réplica de humano possa ser estuda da mais completa forma possível.

Os primeiros testes envolveram o paracetamol, comumente encontrado em analgésicos e prejudicial para o fígado, quando ingerido em doses elevadas. "A intenção original da pesquisa vem dos problemas que estamos tendo no desenvolvimento de novas drogas", disse John Wikswo, diretor do Vanderbilt Institute for Integrative Biosystems Research and Education, durante o anúncio.

A expectativa é que o teste em uma réplica em funcionamento vá permitir resultados mais precisos

"Diversos novos medicamentos promissores que pareciam bons na cultura celular convencional e testes em animais falharam quando foram testados em seres humanos, muitos devido a efeitos tóxicos. Isso representa mais de US$ 1 bilhão em esforço indo para o ralo", completa o Wikswo.

A expectativa é que o teste em uma réplica do órgão em funcionamento vá permitir resultados mais precisos — o que reduziria custos. Wikswo não informou por quanto tempo ela duraria, mas acredita-se que seja cerca de um mês.