Rio Rio 2016

Rio contará com 28 centros antiterror nos Jogos Olímpicos de 2016

Cada área de competição terá equipe especial, chefiada pelo Comando Militar do Leste

Batalhão de Choque faz treinamento com agentes da Polícia Nacional Francesa, no Rio
Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Batalhão de Choque faz treinamento com agentes da Polícia Nacional Francesa, no Rio Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

RIO — O Rio terá 28 centros antiterrorismo funcionando durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Foi o que revelou, na quinta-feira, o general Mauro Sinott, comandante do Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo, do Ministério da Defesa. Segundo o general, que apresentou o planejamento de ações antiterror das Forças Armadas durante o seminário “Briefing internacional de segurança para os Jogos 2016”, na Urca, todo local em que acontecer uma atividade olímpica contará com uma estrutura específica contra o terrorismo:

— Toda a arquitetura de força do Ministério da Defesa estará fracionada em cada área dos Jogos, em condições de agir juntamente com as forças de segurança pública em caráter de pronta resposta, o que é fundamental.

Sinott explicou que a distribuição dos centros se dará a partir de uma estrutura maior, o Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo, que ficará ligado ao Comando Militar do Leste (CML). Os Jogos vão acontecer em 28 arenas espalhadas por quatro regiões do Rio: Barra da Tijuca, Copacabana, Maracanã e Deodoro. Além disso, haverá partidas de futebol em Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Salvador e São Paulo.

INTEGRAÇÃO ENTRE FORÇAS

Segundo o general, as unidades antiterrorismo funcionarão dentro dos chamados Centros de Controle Tático Integrado (CCTI), estruturas controladas pelas Forças Armadas. O oficial destacou que, a partir desse formato, todo o conhecimento das Forças Armadas, especialmente no setor de defesa química, bacteriológica, radiológica e nuclear, poderá ser aliado ao trabalho da segurança pública. Para isso, vem sendo feito um trabalho integrado entre diferentes órgãos, como os ministérios da Defesa e da Justiça, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal.

— Conseguimos construir um ambiente de interação com todas as forças de segurança pública, num formato de integração total para podermos ter agilidade, não só nas ações de inteligência, como também no emprego da força, caso seja preciso — afirmou o general Sinott.

As ações de enfrentamento ao terrorismo do Ministério da Defesa foram apresentadas no evento de quinta-feira para representantes de 78 países reunidos na Escola de Guerra Naval. O general Sinott falou ainda sobre o plano de “sensibilização e dissuasão”, que será executado pelo Ministério da Defesa, em parceria com a Abin e o Ministério da Justiça, com o objetivo de capacitar as pessoas que trabalharão durante os Jogos, para que denunciem situações suspeitas.

— Nosso objetivo é atingir o máximo de pessoas, para que estejam atentas ao papel preventivo de suma importância que elas também terão nesse processo — afirmou.