O teleférico do Morro da Providência, no Centro, deve voltar a funcionar em junho deste ano segundo informou a Prefeitura do Rio nesta segunda-feira (12). No entanto, de acordo com o município, ainda não foi definida a data para o retorno da circulação do transporte, como mostrou o RJTV.
Apenas após decidir quem irá operar o transporte, será apurada a necessidade de reparos na estrutura enferrujada. Moradores da região reclamam do abandono do teleférico que fez uma única viagem durate evento-teste em dezembro de 2012.
O teleférico da Providência foi construído para facilitar o trajeto dos moradores até a Central do Brasil e a Zona Portuária. No entanto, o lixo cobre o entorno da estação mais alta, as paredes estão pichadas e a ferrugem tomou conta das estruturas de sustentação do sistema que não é utilizado.
A obra custou R$ 75 milhões, incluindo a construção das três estações de integração, a montagem das torres, as mudanças na rede de energia e a abertura de vias de acesso. O teleférico chegou a ser inaugurado em dezembro de 2012, quando fez uma viagem até a Cidade do Samba, na Gamboa, na Zona Portuária.
Enquanto o teleférico não entra em operação, o sobe e desce nas ladeiras e nos cerca de 300 degraus que separam a Central do Brasil da Estação da Providência castigam os moradores.
O teleférico faz parte do programa municipal Morar Carioca, de urbanização de favelas, idealizado para melhorar a acessibilidade no morro que é um dos mais íngremes do Rio. O sistema foi projetado para transportar cerca de mil pessoas por hora em cada um dos sentidos.
No entanto, as 16 gôndolas, com capacidade para oito passageiros sentados e dois em pé, continuam guardadas e empoeiradas em um galpão na Gamboa, do mesmo jeito que estavam em agosto de 2013.
Por meio de nota divulgada na sexta-feira (9), a Prefeitura do Rio deu um novo prazo para retomar as operações do transporte. Segundo o comunicado, o teleférico deve começar a atender a comunidade em junho. De acordo com o município, depois de instalado, o teleférico vai percorrer uma distância de 721 metros, com um tempo de viagem de aproximadamente cinco minutos.
Ainda de acordo com a prefeitura, não foi decidido se uma empresa ou a própria prefeitura vai operar o teleférico. Só depois que essa decisão for tomada é que poderá responder se serão necessários reparos na estrutura enferrujada. A Comlurb não se manifestou sobre o lixo acumulado no local.