A tecnologia avançada empregada nas máquinas milionárias expostas na 21ª edição da Agrishow, que termina nesta sexta-feira (2), em Ribeirão Preto (SP), está presente também na apresentação dos mais novos equipamentos do mercado agrícola e no treinamento dos operadores dessas máquinas. Algumas empresas investem em estratégias visuais e recursos tecnológicos para criar um verdadeiro show virtual e chamar a atenção para novos produtos e ajudar na capacitação do manejo no campo. (Veja vídeo acima).
Uma colheitadeira gigante saindo da parede de um dos estandes da feira de tecnologia agrícola atrai os olhares do público. Na outra metade do equipamento, uma projeção explica o funcionamento da máquina que colhe grãos e os recursos da novidade lançada na Agrishow.
Projeção deixa colheitadeira parecendo tanque deguerra (Foto: Érico Andrade/G1)
Marketing
O recurso de video mapping é uma estratégia para atrair novos compradores. “Mostra de forma interativa os benefícios e é uma forma fácil e rápida de compreender o produto”, comentou o diretor de marketing para América Latina da John Deere, Santiago Larroux.
Para chamar ainda mais atenção dos curiosos e tentar passar uma imagem de imponência do maquinário, o equipamento é apresentado inicialmente como um tanque de gerra, utilizando o recurso de projeção. Depois, imagens mostram o funcionamento na hora da colheita e como é o funcionamento e o desempenho da máquina no campo, sob sol ou chuva.
Simulação
A mecanização da lavoura e a ausência de mão de obra capacitada para operar as novas tecnologias também faz com que as empresas invistam em recursos dinâmicos para aperfeiçoar o manuseio das máquinas.
Um simulador desenvolvido durante três anos, que pode facilmente ser confundido com um videogame, foi adotado por pelo menos 30 usineiros brasileiros para ajudar na operação de uma colheitadeira de cana-de-açúcar. “A simulação ajuda o funcionário a se familiarizar com os comandos da máquina e aumenta a eficiência do treinamento”, disse o coordenador de serviços da Case IH, Eduardo Menezes.
Segundo ele, o uso do simulador reduziu o tempo de aprendizado para operação das máquinas. O que antes chegava a levar até duas lavouras, pode ser feito em 30 horas, para o funcionário estar apto a operar o equipamento. “Antes o aprendizado era ficar sentado do lado de um colega, que não tem didática, com o simulador isso muda”, afirmou Menezes. O produto é comercializado individualmente ou em pacotes, na compra das máquinas.
Visitante passa por simulador na Agrishow em Ribeirão Preto (Foto: Érico Andrade/G1)
