Elisa Quadros, a manifestante conhecida como Sininho, considerada uma das lideranças de manifestações no Rio em 2013 e 2014, fez um ensaio de fotos para a revista “TOP Magazine”. Em conversa com a revista, ela confirmou que recebeu uma proposta para posar nua na revista Playboy, mas que não cogitou a possibilidade:
““Teve essa história do convite mesmo. Achei uma coisa tão maluca que até hoje não sei se foi só um trote. Sei que um dia meu telefone tocou e o cara começou a falar que era da revista, que tinha o convite e coisa e tal. Sei que falei um palavrão bem cabeludo e bati o telefone. Nunca mais me ligaram. Mas sou muito magrinha, não ia vender tanto assim”.
As fotos foram feitas na Lapa, no Centro do Rio, e também na Cinelândia, local de diversas manifestações no Rio na segunda metade de 2013, que notabilizaram a figura de Sininho. Ela afirmou que os Black Blocs, famosos nos protestos de 2013 e 2014 no Rio e em São Paulo, não mantêm mais contato com ela.
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“Não vou criminalizar jamais a luta desses jovens. Houve erros? Sim, porque faz parte do crescimento, do amadurecimento. Sabia que os black blocs pararam de falar comigo? Eles não aceitam liderança. Então como assim, de repente, aparece uma pessoa que é tida como liderança nacional, internacional? Eles estão certos de não querer falar comigo, de não me deixar mais chegar nem perto deles”, contou ela.
Sininho, juntamente com outros 22 ativistas, está sendo processada por formação de quadrilha armada, de acordo com inquérito da Polícia Civil do Rio. Após ser presa duas vezes, a última no dia 11 de julho, ela e os outros ativistas tiveram um Habeas Corpus concedido pelo desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal.
Para esperar o julgamento em liberdade, no entanto, os ativistas não podem deixar o Rio e nem participar de manifestações.