O repórter Tino Marcos mostra alguns detalhes interessantes sobre o Fred. Situações muito semelhantes às que ele viveu na Copa das Confederações e que vive agora, na Copa do Mundo.
Luvas ou esponjas? Trabalho à prova d'água. O ofício de Júlio César: evitar os gols. Até agora, sofreu apenas um, o gol contra de Marcelo na estreia.
Na outra extremidade do time, um centroavante de braço erguido, pedindo a bola, querendo e não conseguindo. Foram só duas conclusões nos dois primeiros jogos. E passou boa parte do tempo isolado.
Nos dois primeiros jogos da Seleção, cada titular recebeu em média 37 passes. Fred recebeu 13. E o jogador que mais deu passes a ele foi Júlio César.
Contra o México, foram quatro ligações diretas goleiro-centroavante, que passou em branco.
"Eu nos dois jogos nada, começou uma responsabilidade, uma carga pesada de crítica vindo sobre mim", disse o jogador. A frase serviria para o momento atual, mas Fred se referia à Copa das Confederações do ano passado. Idêntico jejum nos dois primeiros jogos.
"Não saíram os gols, depois contra México, contra o Japão, e começou a me preocupar", disse.
Em uma entrevista gravada antes da Copa, Fred revelou uma conversa que o fez ganhar confiança.
“Felipão me chamou e falou: ‘Fred, nós confiamos em você. Eu confio muito em você. Pode ficar tranquilo que você vai jogar os 90 minutos do jogo contra a Itália e vai fazer gol”, contou.
De fato, jogou integralmente. Fez cinco gols nos últimos três jogos, e o Brasil foi campeão. O momento é idêntico. E Fred já provou que, quando parece meio caído, ele sempre se levanta.