(Foto: Divulgação)
Imagina só estudar em lugar cercado pela natureza, ouvindo o som dos pássaros? Esse é o clima no Instituto de Ciências Matemáticas e Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP). Localizada em São Carlos, a instituição tem ao seu redor árvores como ipê roxo, ipê amarelo, pau-brasil, canela e araucária; pássaros diversos; e até pequenos animais como gambás, morcegos e lagartos. Veja mais fotos do Museu da Fauna e da Flora
Tanta diversidade inspirou o professor José Carlos Maldonado, diretor do ICMC, a criar o Museu da Fauna e da Flora, um espaço virtual com informações como nome, características, origem e história das espécies existentes no local. O projeto foi idealizado há dois anos e começou a funcionar de fato em 2013. “Nossa preocupação é catalogar e disponibilizar para a comunidade material relativo às espécies da região, trazendo um olhar diferenciado e uma vivência da sustentabilidade”, explica Maldonado.
A região possui muitas espécies não nativas, ou seja, que foram plantadas durante – ou até mesmo antes – da construção dos prédios. Árvores de grande porte como flamboyant, sibipiruna, pinheiro e ipês compõem a flora do Instituto. Além disso, existem ainda muitas espécies frutíferas, como pés de amora, manga e goiaba. Aqueles que visitarem o museu encontrarão, próximo a cada exemplar catalogado – ou na área de ocorrência da espécie, no caso de animais – uma placa referente ao espécime visualizado. Por meio dela, com uso do QRCode – código de barras bidimensional lido por celulares e tablets – é possível o acesso virtual ao museu e às informações detalhadas. Além disso, o instituto também estuda a possibilidade de inserção de chips nas árvores, o que facilitaria a reunião de informações e a catalogação.
Após a reforma da área interna, os veículos deixaram de passar por dentro do instituto e isso contribuiu para que muitos pássaros encontrassem abrigo no local. “Entre as atividades oferecidas pelo museu oferecemos, gratuitamente, um curso introdutório de fotografia, com informações sobre registro de pássaros, com o objetivo de estimular a participação do público na produção de material, até porque trabalhamos com software livre. O interesse das pessoas foi grande e montamos duas turmas, uma em maio e outra em junho, com vagas já esgotadas. É importante trazer a cultura do registro”, completa o diretor.