O Filtro

Aécio e Dilma traçam estratégias para primeiro debate do segundo turno

Aécio e Dilma traçam estratégias para primeiro debate do segundo turno

E mais notícias eleitorais desta segunda-feira (13)

MARINA RIBEIRO
13/10/2014 - 22h42 - Atualizado 13/10/2014 22h45
Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) no primeiro debate presidencial de 2014 (Foto: Agência O Globo)

1. Prontos para o debate

O primeiro debate antes do segundo turno promete grandes emoções e os presidenciáveis já preparam as estratégias para o encontro de terça-feira (14) no Debate da Band. Dilma Rousseff (PT) deve usar comparações para evitar ficar na defensiva, segundo o iG. A ideia é mostrar que os casos de corrupção ganham destaque hoje porque a Polícia Federal tem autonomia para investigar.

Aécio Neves (PSDB), por sua vez, deve abusar de ataques à atual presidente, apresentar os eventos que recebeu e recorrer a promessas como o fim da reeleição e a impletação de educação em tempo integral.

2. Marina e Aécio: “uma só carne”

Após um longo namoro, promessas daqui e dali, finalmente a união de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) saiu neste domingo (13), como mostrou o site de ÉPOCA. Verdade seja dita: não foi um casamento como o com o finado Eduardo Campos (PSB), mas o tucano ficou tão satisfeito com o apoio que recebeu da ex-senadora que afirmou que eles agora são “um só corpo, um só projeto em favor do Brasil”. E é claro, que aproveitou a situação para criticar a adversária. Para o mineiro, Dilma Rousseff (PT) está “desesperada, abeira de um ataque de nervos”, como informou a Folha.

3. Carta ao Povo Brasileiro – versão social

Se quando Luis Inácio Lula da Silva (PT), estava para ganhar as eleições presidenciáveis de 2002, teve que redigir a Carta ao Povo Brasileiro para garantir ao Mercado de que seu governo garantiria interesse também de investidores e beneficiaria a economia brasileira, Aécio Neves (PSDB) teve de fazer o contrário nestas eleições. No sábado (11), divulgou uma carta intitulada Juntos pela democracia, pela inclusão social e pelo desenvolvimento sustentável, o tucano garante acenava para as exigências feitas por Marina Silva (PSB) para que o apoie e tenta desassociar a ideia de que o PSDB não faria esforços no campo social. No documento, o tucano se compromete a demarcar terras indígenas, a ampliar a reforma agrária e acabar com a reeleição de cargos do Executivo. Da lista de Marina o único ponto principal que ficou de fora foi abrir mão da redução da maioridade penal. Segundo a Folha, o político se limitou a dizer que buscará alternativas para afastar a juventude da violência. 

4. Nem que a vaca tussa versão 2

Dilma Rousseff (PT) já tinha dito que não abre mão de direitos trabalhistas "nem que a vaca tussa" ainda em campanha pelo primeiro turno. Agora, reforça suas convicções (e a expressão) ao minimizar o apoio de Marina Silva (PSB) ao candidato Aécio Neves (PSDB). Segundo o Estadão, a petista afirmou ”eu não incorporo algumas coisas no meu programa nem que a vaca tussa”. Segundo a atual presidente, é compreensível que a ex-ministra apoie o tucano por ter propostas mais próximas no campo econômico. “Eu não sou a favor de várias questões que o meu adversário é. Nós não falhamos. Eles tinham outro alinhamento. Eles são a favor da independência do Banco Central, nós não somos. Eles são a favor de reduzir o papel dos bancos públicos, nós não somos. Porque reduzir o papel dos bancos públicos, é claro, significa acabar com a Minha Casa Minha Vida concretamente”, afirmou no domingo (12) em São Paulo, segundo o iG

5. A importância do Clã Campos

João Campos (PSB), filho de Eduardo e Renata lê carta de apoio da mãe (Foto:  Orlando Brito/Divulgação)

Se a presidente tem afirmado com repetidamente que o apoio de Marina Silva (PSB) a Aécio Neves (PSDB) não afetará o eleitor, o mesmo não pode ser dito sobre o apoio da família de Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e presidenciável morto em um acidente de avião em campanha. Ainda mais, se considerarmos a importância do Estado de Pernambuco na eleição presidenciável, como O Filtro já mostrou. No sábado (11) Renata Campos apoiou o candidato tucano em uma carta lida por seu filho João: "O Brasil pede mudanças, o governo que aí está tornou-se incapaz de realizá-las. Nós continuamos acreditando nos mesmos valores e continuamos com os mesmos sonhos. Só será possível mudar o Brasil, se tivermos capacidade de unir e dialogar, respeitando diferenças", diz segundo o iG. Segundo a Folha, o apoio pode abrir a “janela” no Nordeste que o presidenciável precisa para conseguir votos na região.

6. PSB e sua nova política

No sábado, o então presidente do PSB, Roberto Amaral (PSB) divulgou uma carta aberta em seu site em que apoiava a reeleição de Dilma Rousseff (PT), contrariando a posição tomada por seu partido. Segundo Amaral, aliar-se a criticamente à candidaduta de Aécio Neves (PSDB) “joga no lixo o legado [do partido]  de seus fundadores – entre os quais me incluo – e menospreza o árduo esforço de construção de uma resistência de esquerda, socialista e democrática”.

Nesta segunda-feira (13), Carlos Siqueira (PSB) foi eleito o novo presidente do partido. Siqueira ficou conhecido após abandonar a campanha do partido pela presidência devido a um desentendimento com Marina Silva (PSB).Ele aproveitou para dizer que o apoio ao tucano se dá em função das ideias e não envolve cargos, segundo o G1.

7. PMDB sairá com presidente em 2018

Michel Temer (PMDB) é presidente do maior partido do Brasil e candidato a vice-presidente do Brasil em coligação com o PT. Ma os dias da aliança com o Partido dos Trabalhadores estão contados. Temer afirmou nesta segunda-feira (18) que o partido terá um nome próprio concorrendo à sucessão ao Planalto em 2018, segundo o iG.

8. Senadores sem votos

A depender das escolhas do segundo turno das eleições, dez novos senadores podem chegar ao poder sem ter recebido sequer um voto individual no dia 5 de outubro. Os suplentes dos senadores que disputam os cargos de governador e de presidente e vice – no caso de Aécio Neves (PSDB) e Aloysio Nunes (PSDB). Alguns já conseguiram o cargo após a eleição de Pedro Taques (PDT) e Wellington Dias (PT) nos governos de Mato Grosso e Piauí, segundo a Folha.  O caso lembra como é importante pensar nos suplentes ao escolher seu senador. Vários candidatos escolheram empresários que financiaram parte de sua campanha para o cargo.

9. Áudio proibido

Dilma Rousseff (PT) não é a única com dificuldades na campanha por causa de áudios. Em Goiás, um diálogo sobre a compra de uma pesquisa eleitoral tem causado confusão na disputa pelo governo. O candidato Iris Rezende (PMDB) usava o trecho de dialogo associado ao ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcêz e o presidente da Agência Goiana de Obras e Transportes (Agetop) Jayme Rincón em sua propaganda eleitoral obrigatória para desmoralizar seu adversário Marconi Perillo (PSDB). O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) considerou, no entanto, que a gravação pode ser uma montagem e que não há como “atestar, com segurança, a identidade dos interlocutores”. Por isso, Rezende não poderá continuar a usar a peça sob ameaça de multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento da decisão, segundo o G1. No primeiro turno, Marconi ficou na frente da disputa com 45% dos votos contraa 28% do adversário.

10. Romário e Pezão
 

Romário, candidato ao Senado, votou ao lado da filha no Rio de Janeiro (Foto:  Cezar Loureiro Agencia O Globo)

No Rio, o senador-eleito Romário anunciou neste domingo (12) apoio à candidatura de Luiz Fernando Pezão (PMDB) para o governo do Rio de Janeiro. O atual governador se comprometeu com três causas, segundo o G1: criação de centros de diagnóstico de pessoas com doenças raras e deficiência, investimento no esporte para crianças em áreas carentes, e combate às drogas com ênfase no crack. A esperança é que os 5 milhões de votos do ex-jogador se convertam para ele.

O único problema é que os eleitores do Estado parecem não se preocupar muito com alianças. Uma análise feita pelo Estadão dos votos do primeiro turno mostrou que apesar do apoio de Dilma Rousseff (PT) aos quatro principais candidatos, não há uma relação entre as cidades em que ela obteve mais votos e um maior desempenho deles.








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