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Brad Pitt se une a Angelina Jolie em conferência sobre estupro em guerra

Atriz preside encontro em Londres sobre o tema, com a presença de delegações de mais de cem países

Angelina Jolie e Brad Pitt posam para foto ao lado do secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague
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Lefteris Pitarakis
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Angelina Jolie e Brad Pitt posam para foto ao lado do secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague Foto: Lefteris Pitarakis / AP

LONDRES —O ator americano Brad Pitt somou-se nesta quinta-feira a sua companheira Angelina Jolie na conferência que ela preside em Londres para acabar com a violência sexual nas guerras. O casal de astros de Hollywood — acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague — posou para as câmeras no centro ExCeL de Londres, onde o encontro é realizado de terça a sexta-feira.

Uma fonte governamental declarou à AFP que Pitt queria mostrar seu apoio à causa, “mas duvido que fale, deixará isso para Angelina, é sua criação”. Hague, que preside a conferência junto com a atriz, disse que a soma do carisma de Angelina e do poder de governos pode ser formidável.

— Tem o poder de falar com o mundo, de conscientizar, de mudar atitudes. Os governos como o que eu integro têm em suas mãos o poder da decisão e da ação. E esta combinação pode ser formidável — declarou o ministro.

A conferência reúne delegações de mais de cem países, organizações não governamentais, religiosas, especialistas militares e jurídicos e membros da sociedade civil.

Segundo a ONU, 36 mulheres e meninas são estupradas diariamente na República Democrática do Congo, onde acredita-se que mais de 200 mil mulheres tenham sido vítimas de estupros desde 1998.

Em Ruanda, entre 250 mil e 500 mil mulheres foram estupradas no genocídio de 1994, mais de 60 mil no conflito de Serra Leoa e ao menos 20 mil no conflito da Bósnia nos anos 1990.

Nesta quinta-feira, haverá uma reunião sobre o sequestro de 200 adolescentes nigerianas pelo grupo islamita Boko Haram.

William Hague receberá seu colega nigeriano e representantes de países vizinhos — Camarões, Chade, Níger e Benin — para discutir como derrotar esta organização.